País tem 620.281 óbitos e 22.630.142 casos registrados do novo coronavírus, segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. Média móvel de novos casos conhecidos ficou acima de 44 mil por dia.
Por g1
O Brasil registrou nesta terça-feira (11) 73.617 novos casos conhecidos de Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 22.630.142 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 44.016 – a maior registrada desde 29 de julho do ano passado (quando estava em 44.974). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +631%, indicando tendência de alta nos casos da doença.
Especialistas acreditam que o alto índice de contaminação pela variante ômicron ainda não aparenta estar completamente refletido nos números de novos casos conhecidos –que é como o consórcio passa agora a chamar os novos registros. Eles reforçam a importância dos testes, assim como das medidas de isolamento em caso de sintomas e após o diagnóstico positivo. Também apontam que, por conta do apagão de dados e instabilidade nos sistemas do Ministério da Saúde, cientistas não conseguem estimar a exata gravidade deste momento da pandemia no país.
Em seu pior momento, a curva da média móvel nacional chegou à marca de 77.295 novos casos diários, no dia 23 de junho de 2021.
Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
O país também registrou 139 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 620.281 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias foi a 122. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +15%, indicando tendência de estabilidade nos óbitos decorrentes da doença, após 3 dias indicando alta.
Evolução da média móvel de óbitos por Covid no Brasil nos últimos 14 dias. A variação percentual leva em conta a comparação entre os números das duas pontas do período — Foto: Editoria de Arte/g1
Veja a sequência da última semana na média móvel de óbitos:
- Quarta (5): 98
- Quinta (6): 101
- Sexta (7): 110
- Sábado (8): 120
- Domingo (9): 123
- Segunda (10): 128
- Terça (11): 122
Em 31 de julho, o Brasil voltou a registrar média móvel de mortes abaixo de 1 mil, após um período de 191 dias seguidos com valores superiores. De 17 de março até 10 de maio, foram 55 dias seguidos com essa média móvel acima de 2 mil. No pior momento desse período, a média chegou ao recorde de 3.125, em 12 de abril.
Três estados não tiveram registro de morte no último dia: AL, RR e SE.
Instabilidade do sistema
Os estados começaram a normalizar na terça-feira (4) a divulgação de números de Covid-19 no Brasil após o apagão de dados do Ministério da Saúde.
Em 12 de dezembro, o ministério informou que o processo para recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a Covid-19 foi finalizado, sem perda de informações. Mas, no dia seguinte, o ministro Marcelo Queiroga disse que houve um novo ataque hacker. A previsão inicial de estabilização dos sistemas, de 14 de dezembro, não foi cumprida.
O ministério informou que quatro de suas plataformas foram reestabelecidas ainda em dezembro; afirmou que, na sexta (7), normalizou a integração entre os sistemas locais e a rede nacional de dados, e que o retorno do acesso às informações tem sido gradual.
Apagão de dados do Ministério da Saúde completa um mês
Segundo a pasta, a instabilidade no sistema não interferiu na vigilância de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, como a Covid. É o oposto do que dizem os pesquisadores.
“A gente não consegue planejar a abertura de novos serviços hospitalares, de centros de testagem, abertura de novos leitos e entender as regiões onde o impacto da nova variante é maior”, diz Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fiocruz.
“A gente não viu a evolução e a chegada da ômicron. Ela não apareceu de repente no Ano Novo. Ela entrou ao longo do mês de dezembro, e a gente estava completamente em voo cego ali, porque não tinha dado nenhum; a gente não viu os dados crescerem”, afirma o professor Marcelo Medeiros, fundador do Covid-19 Analytics. Ele interrompeu o serviço que auxilia autoridades a tomarem decisões em meio à pandemia.
Brasil, 11 de janeiro
- Total de mortes: 620.281
- Registro de mortes em 24 horas: 139
- Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 122(variação em 14 dias: +15%)
- Total de casos conhecidos confirmados: 22.630.142
- Registro de casos conhecidos confirmados em 24 horas: 73.617
- Média de novos casos nos últimos 7 dias: 44.016 por dia (variação em 14 dias: +631%)
Estados
- Em alta (11 estados): AL, PA, MT, SP, AC, BA, PR, MG, RO, TO, PI
- Em estabilidade (5 estados): MA, PE, SE, AM, CE
- Em queda (10 estados e o DF): DF, PB, RS, SC, RN, ES, GO, MS, AP, RJ, RR
Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo g1 para analisar as tendências da pandemia).
Vale ressaltar que há estados em que o baixo número médio de óbitos pode levar a grandes variações percentuais. Os dados de médias móveis são, em geral, em números decimais e arredondados para facilitar a apresentação dos dados.
Vacinação
Dados também reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa mostram que 144.763.135 pessoas tomaram a segunda dose ou dose única de vacinas e, assim, estão totalmente imunizadas. Este número representa 67,86% da população.
13 estados não divulgaram dados da vacinação.
A dose de reforço foi aplicada em 30.676.931 pessoas, o que corresponde a 14,38% da população.
Um total de 161.727.955 pessoas, o que representa 75,82% da população, tomou ao menos a primeira dose de vacinas.
Somando a primeira dose, a segunda, a única e a de reforço, são 337.168.021 doses aplicadas desde o começo da vacinação.
Veja a situação nos estados
Estados com mortes em alta — Foto: Editoria de Arte/g1
Estados com mortes em estabilidade — Foto: Editoria de Arte/g1
Estados com mortes em queda — Foto: Editoria de Arte/g1
Sul
- PR: +69%
- RS: -20%
- SC: -21%
Sudeste
- ES: -37%
- MG: +65%
- RJ: -70%
- SP: +125%
Centro-Oeste
- DF: -17%
- GO: -39%
- MS: -43%
- MT: +141%
Norte
- AC: +100%
- AM: 0%
- AP: -50%
- PA: +180%
- RO: +50%
- RR: -100%
- TO: +22%
Nordeste
- AL: +500%
- BA: +84%
- CE: -9%
- MA: +6%
- PB: -18%
- PE: +5%
- PI: +18%
- RN: -23%
- SE: 0%