Sobe de sete para 13 número de casos confirmados de varíola dos macacos em Pernambuco
Boletim foi divulgado nesta segunda (8), pela Secretaria Estadual de Saúde. Governo disse que são 47 registros da doenças, sendo 33 em investigação e um caso descartado.
Por g1 PE
08/08/2022 18h19 Atualizado há 2 dias
Varíola dos macacos é semelhante à varíola que já foi erradicada, mas menos severa e menos infecciosa — Foto: Science Photo Library
O número de casos confirmados de varíola dos macacos (monkeypox) em Pernambuco quase dobrou nos últimos dias. Nesta segunda (8), o governo disse que 13 diagnósticos já foram atestados por exames laboratoriais. Na quinta (4), eram sete confirmações.
Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informou que, ao todo, Pernambuco fez 47 registros da doença. Desse total, 33 ainda estão sob investigação e um já foi descartado.
No balanço anterior, em 4 de agosto, Pernambuco tinha 38 notificações. No dia 28 de julho, eram 19 ocorrências.
Ainda segundo a SES-PE, os 13 casos confirmados são de pacientes dos seguintes municípios:
- Recife (8)
- Jaboatão dos Guararapes (2)
- Paulista (1)
- Rio de Janeiro (1)
- São Paulo (1).
Todos os doentes com casos confirmados são homens. Seis deles têm entre 20 e 29 anos. Quatro estão na faixa etária entre 30 e 39 anos. Três têm entre 40 e 49 anos.
De acordo com o estado, entre os casos que foram confirmados por testes de laboratório “todos estão em isolamento domiciliar”.
O governo de Pernambuco informou, ainda, que “não há evidências de que o estado registre a transmissão local da monkeypox”.
Além disso, afirmou que “em todos os casos confirmados, as equipes de vigilância conseguiram identificar vínculo epidemiológico entre os pacientes e pessoas que apresentaram histórico de viagem e/ou que se deslocaram para fora do estado, em locais que já confirmaram transmissão da doença”.
Os casos ainda em investigação foram notificados em pacientes que moram nas seguintes cidades:
- Recife (11)
- Limoeiro (5)
- Pesqueira (3)
- Paulista (2)
- Abreu e Lima (2)
- Araçoiaba (1)
- Camaragibe (1)
- Gameleira (1)
- Ipojuca (1)
- Jaboatão dos Guararapes (1)
- Petrolina (1)
- Olinda (1)
- Timbaúba (1)
- Inajá (1)
- São Paulo (1)
Entre os pacientes com casos suspeitos, há 26 homens e sete mulheres. Nove deles têm entre 20 e 29 anos. Outros nove estão na faixa etária entre 30 e 39 anos.https://13755deac007683780bc68271fb5e9b0.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Sete casos investigados são de pessoas entre 10 e 19 anos. Entre 40 3 49 anos, há cinco registros. Entre 50 e 59, são duas ocorrências. Há, ainda, um registro em uma criança de até 5 anos.
Os casos notificados estão sendo acompanhados pelas equipes de vigilância epidemiológica municipais.
As amostras coletadas estão sendo encaminhadas para o Laboratório de Enterovírus da Fiocruz/RJ, referência para o diagnóstico da Monkeypox, e para o Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE).
Doença
Em junho, a SES-PE emitiu nota técnica para os serviços de saúde das redes públicas e também privada sobre as diretrizes a serem adotadas para vigilância, acompanhamento e manejo clínico dos casos suspeitos e confirmados.
A varíola dos macacos foi declarada emergência global em saúde pela Organização Mundial em Saúde (OMS).
O primeiro caso confirmado em Pernambuco foi “importado”, envolvendo um morador de São Paulo. O homem saiu de Guarulhos para passar uma temporada no Grande Recife.
Transmissão
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Varíola dos macacos: o que você precisa saber
A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama, independentemente da orientação sexual de quem está infectado.
A doença costuma causar os seguintes sintomas iniciais:
- febre
- dor de cabeça
- dores musculares
- dor nas costas
- gânglios (linfonodos) inchados
- calafrios
- exaustão
Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
De acordo com o Ministério da Saúde, as pessoas com sintomas da doença devem procurar atendimento médico caso apresentem algum sintoma suspeito, e emitiu as seguintes recomendações:
- Mantenham uso de máscaras, principalmente em ambientes com indivíduos potencialmente contaminados com o vírus;
- Afastem-se de pessoas que apresentem sintomas suspeitos como febre e lesões de pele-mucosa (erupção cutânea, que habitualmente afeta o rosto e as extremidades e evolui de máculas para pápulas, vesículas, pústulas e posteriormente crostas);
- Usem preservativo em todos os tipos de relações sexuais (oral, vaginal, anal) uma vez que a transmissão pelo contato íntimo tem sido a mais frequente;
- Estejam alertas para observar se sua parceria sexual apresenta alguma lesão na área genital e, se presente, não tenham contato;
- Procurem assistência médica, caso apresentem algum sintoma suspeito, para que se estabeleça diagnóstico clínico e, eventualmente, laboratorial.