A candidata ao Senado pelo Psol, Eugênia Lima, cobrou do seu oponente Gilson Machado (PL), em debate hoje (6), na Rádio Maranata, posicionamentos importantes sobre a cultura no Brasil e em Pernambuco.
Gilson, que é sanfoneiro e, por muitos anos, viveu do dinheiro de projetos públicos e leis de incentivo, foi indagado sobre o sofrimento dos fazedores da cultura durante a pandemia, sendo o primeiro setor a fechar e o último a retomar as atividades. “As leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo foram importantes instrumentos de apoio a esse setor, mas, mesmo depois de aprovadas no Congresso e no Senado, essas leis foram vetadas pelo seu presidente. Os recursos só foram liberados porque os vetos foram derrubados. Além disso, o Ministério da Cultura foi extinto no primeiro dia do mandato de Bolsonaro. Como o senhor quer ser senador de um governo que é contra a cultura?”, pontuou Eugênia.
O ex-ministro do Turismo não respondeu diretamente à candidata. Disse que pegou o Ministério da Cultura “destroçado e que a pasta estimulava a profanação religiosa e a pedofilia” e logo puxou o debate para a falta de investimento na cultura em Pernambuco, pelo Governo Paulo Câmara. “O artista pernambucano pena para receber um cachê. São centenas de certidões para se habilitar como artista. E, para receber, são favores do amigo do rei”, trouxe para o debate, se esquivando sobre as Leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo.
Em sua réplica ao candidato Gilson, Eugênia frisou que o Governo Bolsonaro nunca foi a favor do auxílio emergencial de R$ 600 e que a proposta do Governo Federal era de R$ 200. A candidata ainda mencionou o fato de que a bancada do Psol na Câmara lutou para que o valor fosse maior desde o início. “É importante lembrar que Bolsonaro não vai garantir o auxílio de R$600 em 2023, pois não está no orçamento que ele mandou para a votação no Congresso”, disparou.
Durante o debate, Eugênia falou ainda sobre a difícil temática da Segurança num governo que sugere armar a população, no modelo falido baseado na repressão; sobre a polícia pernambucana, que é a que mais mata e a que mais morre no Brasil, além de citar a baixa remuneração da categoria e a questão da formação.