IPCA foi divulgado, nesta quinta (10), pelo IBGE. Índice no Grande Recife ficou em 0,95% e a média do Brasil foi de 0,59%.
Por g1 PE
Gráfico do IBGE mostra aumento da inflação no Grande Recife — Foto: IBGE
O Grande Recife teve, em outubro deste ano, a maior inflação registrada em 16 capitais e regiões metropolitanas do Brasil, com 0,95%. É o que apontou, nesta quinta (10), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No Brasil, o IPCA acelerou para 0,59% em outubro. Assim como no Grande Recife, a alta da inflação oficial do país foi registrada após três deflações seguidas, em julho, agosto e setembro.
Segundo o IBGE, no acumulado do ano, a Região Metropolitana do Recife ficou em nono lugar no ranking nacional, com 4,47%. O percentual está abaixo da média nacional (4,7%).
No acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, o Grande Recife registrou inflação de 6,64%, ficando acima da média brasileira (6,47%).
O IBGE informou que houve aumento de inflação em sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados.
As maiores altas foram nos setores de habitação (2,57%), saúde e cuidados pessoais (1,86%) e vestuário (1,63%).
Em seguida, aparecem transportes (0,81%), alimentação e bebidas (0,36%), comunicação (0,09%) e educação (0,06%). As quedas foram em despesas pessoais (0,05%) e artigos de residência (0,09%).
Por meio de nota, a gerente de planejamento e gestão administrativa do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, explicou que o aumento na inflação em outubro, no Grande Recife, tem relação com a subida no preço da energia elétrica residencial. Esse item está ligado ao setor de habitação.
Esse segmento, disse Estelita, teve uma alta de 9,66%. O principal fator foi o aumento de impostos, como PIS e Cofins.
A contribuição de iluminação pública também aumentou, mas em menor intensidade, de acordo com ela.
Gráfico do IBGE mostra grupos com maior alta de inflação no Grande Recife — Foto: IBGE/Divulgação
Os cinco produtos ou serviços com maior aumento no IPCA do Grande Recife em outubro foram os seguintes:
- Passagens aéreas (47,37%)
- Batata inglesa (19,69%)
- Laranja-pera (12,65%)
- Uva (12,43%)
- Cebola (11,03%).
O IBGE informou também que o “aumento acentuado” nas passagens aéreas teve influência na pressão dos índices de inflação. A energia elétrica residencial ficou em sexto lugar.
No acumulado do ano, a cebola ficou na primeira colocação, com aumento de 55,08% desde janeiro, seguido pelo leite longa vida (40,46%).
Os cinco produtos/serviços com maior percentual de redução no preço foram os seguintes:
- Melão (-25,02%)
- Tomate (-15,25%)
- Etanol (-14,86%)
- Leite longa vida (-11,56%)
- Melancia (-10,85%)
As maiores reduções no acumulado do ano ficaram com tomate (-40,13%), etanol (-32,43%) e a gasolina. Esse último item é o de maior impacto individual na inflação (-27,87%).
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2022 (referência) com os preços de 30 de agosto a 28 de setembro de 2022 (base).
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980. Ele se refere a famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e alcança dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.