05/02/2015 11h45 – Atualizado em 05/02/2015 12h17
Um deles teve magnitude 2.2 e outro não pôde ser estimado, indica nota.
Eventos ocorreram na noite da quarta (4), além de na tarde da terça (3).
LabSis/UFRN (Foto: Divulgação/ LabSis/UFRN)
Novos tremores de terra voltaram a assustar moradores de Caruaru, Agreste de Pernambuco, na noite da quarta-feira (4). O Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) – responsável pelo monitoramento – confirma o registro de dois novos eventos, sendo um de magnitude 2.2.
“O primeiro ocorreu às 21:53 (hora local; 00:53 do dia 05 UTC) e teve magnitude preliminar estimada em 2.2. O segundo evento, ocorreu às 23:20 (hora local; 02:20 do dia 05 UTC) mas o registro está ruidoso e não foi possível estimar a magnitude”, informa o LabSis/UFRN em nota.
Ainda na tarde da terça (3), também houve registros. “O evento de magnitude preliminar 2.0, ocorreu às 14:51 UTC (11:51, hora local) e foi precedido por um tremor de magnitude 1.6. Um outro evento, de magnitude preliminar 1.7, ocorreu às 15:30 UTC (12:30, hora local). Um quarto evento ocorreu às 19:38 UTC (16:38, hora local) e foi o maior até agora, com magnitude estimada em 2.5.”, informou também em nota o LabSis/UFRN.
A universitária Bruna Priscilla da Costa, de 21 anos, conta que estava em sala de aula – em uma instituição localizada no Bairro Indianópolis – quando o tremor foi sentido pela maioria dos colegas, além dela. “Chamou a atenção de todo mundo, gerando comentário. Uns diziam que era um novo tremor e outros acreditavam que era algo que havia sido derrubado no andar de cima, uma vez que nossa sala fica no térreo. Todo mundo ficou apreensivo, com receio de que [o abalo] volte a ocorrer”, comenta.
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Outra que se assustou com o novo registro foi a estudante, de idade não revelada, Lúcia Bezerra. “Senti todos eles. Onde moro [no Centro da cidade] tem uma praça e todos saíram de suas casas, com medo. Neste último, eu estava debruçada na janela, olhando a movimentação, quando ocorreu. Eu pensei que o apartamento de cima ia cair. Dá medo!”, relata.
Os especialistas comentam as ocorrências. “Mais uma vez reafirmamos que não é possível saber como será a evolução da atividade sísmica em Caruaru, havendo sempre duas possibilidades: ou a atividade decresce e desaparece, como ocorreu diversas vezes, ou os atuais eventos são os precursores de um período de intensa atividade, como também já ocorreu diversas vezes”, reforça os sismólogos Joaquim Ferreira e Eduardo Menezes, também em nota.
Já o coordenador municipal de Defesa Civil, José Keldari Quintino, reforça que, se os abalos voltarem a ocorrer e, caso seja verificado algum tipo de rachadura nas paredes de imóveis, é prudente entrar em contato, a fim de acionar uma vistoria pelos telefones (81) 3701-1173/1174. “Até o momento não houve qualquer ocorrência do tipo registrada. Mas, caso ocorra, é preciso entrar em conosco, para que possamos verificar. As rachaduras podem ocorrer ou não, depende da intensidade do tremor, além da estrutura e condições do imóvel”, frisa.