A demissão de Cid Gomes foi anunciada por Eduardo Cunha no plenário da Câmara. A assessoria pessoal de Cid Gomes confirmou ao Estado a demissão
Na hora do comunicado de Cunha, houve alguns aplausos no plenário. Cid Gomes havia participado de tumultuada sessão para esclarecer declaração em que havia afirmado que havia “300 ou 400 achacadores” no Congresso. A sessão virou um bate-boca generalizado e o ministro foi chamado de palhaço.
Mais cedo durante a sessão, o ministro chegou a afirmar que os parlamentares da base do governo que não votam de acordo com a orientação do Planalto devem “largar o osso” e ir para a oposição.
O episódio causou grande alvoroço e, no final de seu discurso, o ministro disse, apontando para o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que preferia ser chamado de mal-educado do que de achacador.
Após a fala do ministro, o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), pediu que Cid Gomes deixasse o cargo.
Questionado sobre a ameaça, Cid Gomes jogou a responsabilidade para Dilma. “Muito bem. A presidenta resolverá o que vai fazer. O lugar é dela, sempre foi dela e eu aceitei para servir porque acredito nela”, afirmou, ao sair da tumultuada sessão da Câmara dos Deputados.