28/05/2015 20h43 – Atualizado em 28/05/2015 21h36
Confusão da quarta (27) é a segunda de 2015 e também deixou dois mortos.
Diretora da OAB Caruaru relata que agentes não têm treino nem equipamento.
Após rebelião, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil estiveram nesta quinta (28) na unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Caruaru, no Agreste pernambucano, e constataram problemas de segurança básica. Assim como na confusão de 19 de abril, a ocorrida na noite da quarta-feira (27) vitimou dois internos. Um jovem de Santa Cruz do Capibaribe, de 17 anos, foi decapitado e um de Caruaru, de 16, morreu carbonizado. Um exame de DNA deve confirmar a identidade deste.
profissionais indicados para a segurança no local
(Foto: Reprodução/ TV Asa Branca)
Diretora da OAB Seccional Caruaru, Maria Helena dos Santos contou ao G1 que, segundo informações obtidas em reunião com representantes da Funase, esta instituição “solicitou uma viatura à SDS, logo após a rebelião de abril”. De acordo com a advogada, “é imprescindível a permanência de uma viatura dentro da unidade. Porque é o seguinte: os agentes que trabalham com os reeducandos não têm um treinamento necessário nem equipamentos de segurança para agir num momento como esse. Enquanto que o policial militar é preparado, é trabalhado para agir nessas situações”.
O portal entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Defesa Social do estado, que repassou a demanda para a assessoria de imprensa da PM. Esta não atendeu às nossas ligações. Já o setor de comunicação da Funase também foi questionado sobre a afirmação da OAB, porém, informou que só terá como enviar resposta nesta sexta-feira (29).
A rebelião desta quarta terminou com 14 feridos, de acordo com a PM, e teria sido provocada por problemas entre grupos. “Existe, na verdade, uma disputa interna entre os internos. Talvez tenha sido essa situação que tenha provocado mais esse motim aqui na unidade”, sugere o tenente-coronel Clenildo Nunes, comandante do 4º BPM. Este oficial relata ainda que foram encontradas “armas brancas” após a confusão.
A OAB comunicou também que um relatório será encaminhado para os governos estadual e federal e avisa que tem o intuito de marcar uma reunião com a Secretaria Executiva de Direitos Humanos de Pernambuco.
Mães e demais familiares de internos estão preocupados com a situação. “Eu só penso que meu filho está morto. Só penso nisso. O medo é grande, grande mesmo, só Deus sabe”, contou à TV Asa Branca uma mulher que não quis se identificar.
Providências
A confusão foi contida pela PM e pelo Corpo de Bombeiros. Os feridos foram encaminhados para o Hospital Regional do Agreste (HRA) e os corpos levados para o Instituto de Medicina Legal (IML). A Corregedoria da Funase deve abrir sindicância para apurar os fatos e as responsabilidades, ainda segundo a assessoria de imprensa. Em nota, esta afirmou que “os familiares dos adolescentes feridos e dos mortos terão todo o apoio e suporte necessário tanto sobre informações quanto para o funeral”. A Polícia Civil investigará o caso.
Devido à última rebelião, a instituição também comunica que aumentou a frequência das revistas e alguns adolescentes foram transferidos para outras unidades no estado.
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