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Polícia não descarta hipóteses para morte de Beatriz

Beatriz foi morta dentro da escola onde estudava / Reprodução/Internet

Garota foi morta a facadas em plena festa de formatura do colégio em que estudava Beatriz foi morta dentro da escola onde estudava

Passados quase três meses do assassinato da garota Beatriz Mota, de sete anos, a Polícia Civil ainda não descartou qualquer hipótese para o crime. O caso ocorreu no dia 10 de dezembro de 2015, durante a festa de formatura do ensino médio do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, Sertão do Estado. Na manhã de ontem, a</DC> polícia divulgou o retrato falado do principal suspeito: um homem de cor parda, entre 1,65 metro e 1,70 metro e pesando aproximadamente 70 quilos. Ele teria sido visto nas proximidades do depósito de materiais esportivos da escola, onde a garota foi encontrada, já sem vida, vítima de esfaqueamento, na noite da festa.

O chefe da Polícia Civil, Antônio Barros, disse ontem que encontrar o assassino de Beatriz é “a prioridade número um” da corporação no momento, e admitiu que a investigação é “complexa”. No momento do crime, havia cerca de duas mil pessoas na quadra da escola, que não dispõe de câmeras de vigilância. “As única imagens disponíveis são do cinegrafista que registrava a festa”, comenta o delegado Marceone Ferreira Jacinto, responsável pelas investigações.

De acordo com Marceone, o retrato falado foi feito com a ajuda da própria mãe de Beatriz, Lúcia Mota, e de outras duas testemunhas. O suspeito teria sido visto dentro do banheiro infantil, na noite da festa, lavando o rosto.

Até agora, o delegado ouviu 80 pessoas e solicitou 50 perícias ao Instituto de Criminalística (IC). A arma do crime, uma faca de cozinha, foi achada no local. “Não podemos falar sobre os resultados do exame de impressões digitais para não atrapalhar as investigações”, diz a gerente de Polícia Científica, Sandra Santos.

No último dia 15, o Disque Denúncia aumentou de R$ 5 mil para R$ 10 mil a recompensa por informações confiáveis sobre a identidade do suspeito. Até agora foram 15 ligações relativas ao caso, o que a entidade considera um bom número. “Depois da divulgação do retrato falado, as denúncias via Whatsapp estão aumentando muito”, afirma a assessoria do órgão.

O caso Beatriz pode ganhar novos capítulos em breve. O prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho (PC do B), fez um pedido formal ao Ministério da Justiça (MJ) para que a Polícia Federal (PF) assuma as investigações. Na última sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff esteve na cidade para um evento e se encontrou com os pais da garota. Ela prometeu interceder junto ao MJ para que o caso seja federalizado. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, inclusive, apareceu em fotos com o documento, ao lado do deputado federal baiano Daniel Almeida (PC do B), que também defende a participação da PF no caso . A Polícia Federal de Pernambuco afirmou, por meio de nota, ainda não ter autorização para investigar o crime. O chefe da Polícia Civil de Pernambuco discorda de uma evental federalização do caso Beatriz. “Isso só é possível quando existe conflito ou falta de agilidade nas investigações. Não é o que está acontecendo. A polícia está empenhada e vai descobrir quem matou a garota e por que”, afirma Antônio Barros.

Reprodução/Internet- Do JC Online

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