Irritado com barulho de fogos, um vizinho entrou na casa de uma família, logo após o jogo do Brasil com o México, nesta terça-feira (17), e descarregou a arma em direção aos donos do imóvel. Uma mulher de 58 anos foi atingida e morreu na hora, em Itatiba (84 km de São Paulo). O filho dela, de 31 anos, também foi atingido, mas foi atendido e não corre risco de morrer.

O autor dos disparos lamentou a morte da mulher e disse à polícia que queria atingir só o filho. De acordo com informações da Polícia Civil, o caso aconteceu na rua Evaristo  Severino de Almeida, no Jardim do Engenho.

O autor do crime é Ezio Donizete Xavier, 49, que morava em frente à casa da vítima e disse à polícia ter se irritado com o barulho dos fogos de artifícios, que foram soltados durante o jogo do Brasil com o México, na tarde de ontem. Ele afirmou ainda que bombas foram direcionadas ao seu portão.

Por conta disso, ele se armou com uma espingarda calibre 32, com munições de fabricação caseira, e invadiu a casa dos vizinhos, fazendo uma série de disparos em direção ao filho da vítima, Kennet Silva Reis, que já seria, segundo testemunho de vizinhos, desafeto dele.

A dona da casa, Edinalva Silva Reis, 58, estava na companhia de cinco familiares e foi atingida três disparos e morreu na hora. Já Kennet foi atingido de raspão.

Familiares foram ao encontro de Xavier e quebraram a espingarda dele. Houve luta corporal e outro filho de Edinalva, William Charles da Silva Reis Rosa, de idade não revelada pela polícia, ficou ferido.

Vizinhos chegaram ao local e tiraram Xavier da casa, esperando a polícia chegar para entregá-lo. Xavier e William foram encaminhados então à Santa Casa, onde receberam atendimento.

Xavier segue internado, sem risco de morrer e com escolta policial.

Homicídio doloso

A  Polícia Militar foi acionada e prendeu Xavier. Ele foi indiciado por homicídio doloso.

Segundo Leandro Algenton, 27, vizinho tanto do acusado quanto da vítima, o crime chocou a todos.

“Ouvimos o barulho e foi uma correria muito grande. Nunca imaginei que algo do tipo aconteceria no nosso bairro, que é muito pacato”, disse.

A reportagem falou com uma pessoa que se identificou como familiar de Edinalva, mas ele informou que ninguém da família falaria sobre o caso.

A reportagem também tentou contato com a família de Xavier, mas ninguém foi localizado para comentar.

NOTÍCIAS UOL/

Eduardo Schiavoni