03/10/2016
Caso aconteceu na manhã desta segunda-feira (3) na casa de policial militar.
Criança matou irmã acidentalmente com tiro em Caruaru, no Agreste de PE.
Um menino de 8 anos matou acidentalmente a irmã de 10 anos na manhã desta segunda-feira (3) em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. De acordo com a Polícia Militar, ele usou uma espingarda calibre 12. A menina não chegou a ser socorrida e morreu no imóvel. Familiares disseram à TV Asa Branca que a mãe havia deixado as crianças fazendo a lição de casa no quarto.
Parentes contaram que a mãe lavava louça e conversava com o terceiro filho, de 12 anos, quando ouviu o disparo. Vizinhos relararam que os dois garotos saíram de casa chorando e pedindo ajuda.
Um dos vizinhos, Ailton Soares da Silva, sargento reformado, entrou na casa logo após o acidente. “Quando entrei, que olhei, infelizmente uma cena triste. Olhei a pulsação da criança e não estava mais. [Foi] um tiro acima do peito. Ela estava de blusinha branca e sangrando. A arma estava em cima da cama. A mãe e o tio ficaram desesperados. Quando entramos no quarto ainda estava o cheiro forte de pólvora”.
Ao G1, a PM disse que a arma é pertencia ao padrasto das crianças que havia falecido. Não há informações se ela possui registro. A polícia informou que o caso foi registrado na casa de um policial militar, que é tio das crianças.
O delegado Luiz Bernando disse que “a arma de fogo que foi encontrada no local estava possivelmente no armário do policial”. Ele explicou que só vai poderá informar a propriedade da arma após interrogar o policial. “Ao que tudo indica, seria, sim, a arma do policial. A mãe está em estado de choque, então ainda não foi ouvida”.
Bernardo disse que se arma for do PM, ele vai ter que comprovar a propriedade. “Comprovando a propriedade da arma, através do registro, o que pode haver é o indiciamento por possível negligência da arma de fogo. Se a arma for dele e ele não tiver o registro então ele poderá responder por posse ilegal de arma de fogo e também pela negligência”.
A casa foi isolada e o Instituto de Criminalística foi acionado para realizar a perícia no imóvel. O corpo da menina foi levado ao Instituto de Medicina Legal (IML) do município.