Delegado Rosalvo Franco participou de fases decisivas da Lava Jato, trabalhando em conjunto com Moro. Ex-assessora da Justiça Federal no Paraná também foi nomeada.
Por Camila Bomfim, TV Globo — Brasília
O ex-superintendente da Polícia Federal no Paraná , delegado Rosalvo Franco , foi nomeado para o cargo especial de transição governamental”, para auxiliar o futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, na transição de governo.
Rosalvo foi superintendente da PF no Paraná de 2013 a 2017 , quando se aposentou. Nesta segunda-feira (19), Rosalvo já participou das primeiras reuniões com Moro, e almoçou com ele no CCBB, onde funciona o governo de transição.
Rosalvo Ferreira Franco atuava como superintendente regional da PF no Paraná — Foto: Reprodução/RPC
No período que comandou a PF em Curitiba , Rosalvo atuou em momentos decisivos da Lava Jato, desde o início até fases delicadas, como a busca e apreensão na casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Daí a proximidade com Moro, a partir do trabalho conjunto na Lava Jato.
Outro nome de confiança de Moro também foi publicado hoje no “Diário Oficial” desta terça-feira (20). É o de Flavia Maceno, que assessorou Moro durante toda a Lava Jato. Ela foi diretora de secretaria na 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba.
Moro está definindo nomes-chave pra sua equipe no Ministério da Justiça e em órgãos vinculados, como a Polícia Federal. Ele já disse que o nome do novo diretor-geral da PF pode ser decidido nesta semana. O mais cotado é Mauricio Valeixo, hoje superintendente da PF em Curitiba.
Valeixo é muito próximo de Moro, ja foi o numero 3 na hierarquia da Polícia Federal na gestão do ex-diretor-geral Leandro Daiello, tem trânsito com as equipes de investigação da Lava Jato que atuam em Curitiba e em Brasília.
Outro nome cotado para o cargo é o de Érika Marena. A delegada é uma aposta dos colegas , tem proximidade com Moro e atuou no início da Lava Jato. Na segunda ela almoçou com o futuro ministro. A definição deve sair até sexta. Moro também estuda nomes-chave para o ministério para ocupar cargos como o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
Marena também é cotada para assumir um posto na estrutura do Ministério da Justiça. Um dos possíveis cargos é o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional — posto estratégico responsável pela recuperação de dinheiro desviado para o exterior e por cooperações com outros países para desvendar remessas ilegais. O caso do ex-deputado Eduardo Cunha (a cooperação internacional com a Suíça) passou pelo DRCI.
— Foto: Editoria de Arte / G1