Corpo da jovem de Caruaru de 22 anos, foi encontrado no dia 27 de abril, em uma mata no conjunto Novo Geisel, em João Pessoa.
Por Danilo Queiroz, G1 PB
29/06/2021 17h19 Atualizado há 14 horas
Laudo indica que Patrícia Roberta foi morta por asfixia — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
A Justiça da Paraíba aceitou a denúncia contra Jonathan Henrique, nesta terça-feira (29), e agora ele passa a ser réu pela morte da jovem Patrícia Roberta. A Juíza Francilucy Rejane de Sousa Mota, da 2ª Vara, entendeu que há “exposição dos fatos criminosos, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado, a classificação do crime e rol de testemunhas”, para considerar a “autoria e prova da existência de crime”.
Ao G1, o advogado de Jonathan, Raphael Garziera, informou que não foi intimado para apresentar a defesa. “Vi que teve a denúncia, mas aguardamos a intimação por questões burocráticas”, afirmou.
Também disse que estão trabalhando com “atenção para alguns pontos que não foram mencionados pelo Ministério Público na denúncia, e que não foram levados em consideração, como algumas questões testemunhais”, por exemplo.
Jonathan Henrique se torna réu pela morte de Patrícia Roberta, em João Pessoa — Foto: Walter Paparazzo/G1
Entenda o caso
A jovem de 22 anos, Patrícia Roberta, foi morta por asfixia por esganadura, conforme resultado do laudo da causa da morte. Ela morreu há dois meses, na Paraíba, quando saiu de Caruaru para visitar Jonathan Henrique, em João Pessoa, no dia 23 de abril. No domingo (25), não manteve contato com a família e foi considerada desaparecida.
Na terça-feira (27), a Polícia Civil e Polícia Militar iniciaram buscas na região de Gramame, onde fica o apartamento de Jonathan. O corpo dela foi encontrado em uma região de mata no Novo Geisel. Jonathan e Patrícia seriam amigos há dez anos.
Corpo de Patrícia foi encontrado dentro do tambor de um lixo numa mata, em João Pessoa — Foto: Walter Paparazzo/G1
A Polícia Civil indiciou Jonathan pelo feminicídio e pela ocultação de cadáver da jovem Patrícia Roberta. A namorada dele, Ivyna Oliveira, também chegou a ser indiciada por ocultação de cadáver.
O G1 entrou em contato com a Gerência do Fórum Criminal e com a Assessoria do Tribunal de Justiça da Paraíba, para obter esclarecimentos sobre a decisão desta terça, que também menciona a namorada de Jonathan, Ivyna Oliveira, no corpo da denúncia. Segundo a Justiça, isso aconteceu por “um erro no cadastro”.
Com isso, a denúncia foi direcionada apenas a Jonathan Henrique, que se tornou réu.https://390e08ca6b61607fb9da44b465099cc4.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
A defesa de Ivyna Oliveira, namorada de Jonathan, disse que ela nega veementemente qualquer participação no crime que resultou na morte de Patrícia Roberta.
Em depoimento, Jonathan preferiu não se pronunciar e só deve falar em juízo. A audiência de custódia, que foi realizada no dia 28 de abril, determinou que Jonathan fosse conduzido ao presídio do Roger, em João Pessoa, após quarentena na Central de Polícia.