Inflação acumulada este ano até agosto chegou a 5,67% – a maior taxa para o mês desde 2015.
Por G1
09/09/2021 10h15 Atualizado há 46 minutos
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A inflação acumulada este ano até agosto chegou a 5,67% – a maior taxa para o mês desde 2015, segundo dados do IBGE. Alguns itens, no entanto, subiram muito acima dessa taxa. Entre eles, os combustíveis e alguns alimentos.
Muitas coisas influenciam essas altas. No caso dos alimentos, a seca vem pesando sobre os preços – e sugere que novas elevações devem ser sentidas nos próximos meses. A desvalorização do real frente ao dólar também exerce influência, ao tornar mais vantajoso vender para o exterior do que aqui dentro, e reduzindo a oferta aos brasileiros.
Também é o dólar que pesa fortemente sobre os combustíveis uma vez que a política da Petrobras é baseada nos preços internacionais, em dólar.
“O dólar, os preços no mercado internacional e o encarecimento dos biocombustíveis são fatores que influenciam os custos, o que acaba sendo repassado ao consumidor final”, apontou o analista da pesquisa de preços do IBGE, André Filipe Guedes Almeida.
“Em oito meses, o preço da gasolina sofreu alta em sete deles. Somente em abril houve queda no preço dela, de 0,44%”, destacou o pesquisador.
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O que faz os preços da gasolina e diesel subirem?
A pressão dos preços dos combustíveis tem sido tamanha que, em agosto, o peso do grupo de transportes voltou a superar o da alimentação na composição do IPCA e, por isso, o de maior impacto no orçamento doméstico.
De acordo com o analista da pesquisa, os transportes tiveram o maior peso entre os nove grupos pesquisados entre outubro de 2019 a maio de 2020. Desde então, a alimentação vinha sendo a de maior impacto na inflação, representando 19,97% do IPCA, enquanto os transportes respondiam por 19,85%.
Em agosto, porém, os transportes passaram a responder por 20,87% do IPCA, enquanto a alimentação, 20,83%.
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Inflação fica em 0,87%, maior taxa para agosto desde o ano 2000
Veja os 50 itens que mais subiram no acumulado do ano
- Pepino: 78,51%
- Abobrinha: 72,90%
- Pimentão: 58,18%
- Etanol: 40,75%
- Revista: 34,72%
- Gasolina: 31,09%
- Gás veicular: 30,12%
- Óleo diesel: 28,02%
- Açúcar refinado: 27,11%
- Fubá de milho: 25,05%
- Mandioca (aipim): 24,93%
- Repolho: 23,82%
- Gás de botijão: 23,79%
- Melão: 22,14%
- Açúcar cristal: 20,15%
- Pneu: 19,59%
- Mudança: 19,22%
- Material hidráulico: 18,57%
- Pá: 18,29%
- Peixe-cavala: 18,21%
- Gás encanado: 17,88%
- Filé mignon: 17,72%
- Café moído: 17,72%
- Manga: 17,66%
- Frango em pedaços: 17,09%
- Peixe-curimatã: 16,81%
- Revestimento de piso e parede: 16,48%
- Músculo: 16,36%
- Açúcar demerara: 16,05%
- Ferragens: 15,87%
- Margarina: 15,86%
- Esponja de limpeza: 15,41%
- Carne de carneiro: 15,39%
- Alimento para animais: 15,16%
- Videogame (console): 13,99%
- Feijão mulatinho: 13,49%
- Acém: 13,49%
- Feijão-macáçar (mulatinho): 13,44%
- Televisor: 13,21%
- Patinho: 13,12%
- Alface: 12,62%
- Joia: 12,60%
- Limão: 12,03%
- Fígado: 12,00%
- Costela: 11,98%
- Agasalho feminino: 11,96%
- Pão de forma: 11,93%
- Leite fermentado: 11,60%
- Refrigerador: 11,58%
- Serviços de streaming: 11,52%