Após roubos, padre coloca faixas em igreja e manda recado para ladrões; ‘não venham perder tempo aqui’

Roubo de dez aparelhos de ar-condicionado ocorreu na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Piedade, em Santo Amaro, na área central do Recife, deixando prejuízo de mais de R$ 100 mil”.

Por Ricardo Novelino, g1 PE

Faixa com recado para ladrões foi colocada por padre na frente de igreja no Recife — Foto: Reprodução/WhatsApp

Desesperado com o roubo de dez aparelhos de ar-condicionado, um padre mandou colocar faixas em uma paróquia do Recife para mandar um recado para os bandidos. Foi uma forma inusitada encontrada pelo religioso para alertar para o prejuízo de mais de R$ 100 mil.

“Senhores ladrões, seus colegas já levaram todos os aparelhos de ar-condicionado desta capela. Não venham perder tempo aqui”, dizem as faixas colocadas em pontos diferentes da igreja.

A ideia de colocar as faixas, nesta quinta (28), foi de padre Caetano, da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Piedade, em Santo Amaro, na área central da cidade. Os aparelhos foram comprados a partir de doações para a igreja.

“Não vou mais comprar nada desse jeito. O prejuízo é sempre nosso. Vou mandar os fiéis se abanarem com a folhinha da missa”, declarou o padre Caetano.

Os “recados” para os ladrões estão na frente da capela e na frente da matriz da igreja. “Não tenho mais a quem recorrer. A polícia vem aqui e prende e os bandidos são soltos depois. Por isso, mandei o recado”, declarou o padre, em entrevista ao g1.

Após roubo, carcaças de aparelhos de ar-condicionado ficaram amontoadas em igreja no Recife — Foto: Reprodução/WhatsApp

O sacristão André Luiz contou que o roubo dos aparelhos de ar-condicionado aconteceram no fim de semana, entre sábado (23) e domingo (24).

Imagens fornecidas pela igreja mostram as carcaças dos equipamentos amontoadas. Os equipamentos roubados tinham capacidade de 60 mil BTUs e as máquinas ficavam no telhado.

Equipamentos roubados ficavam no telhado de igreja, no Recife — Foto: Reprodução/WhatsApp

O sacristão André Luiz contou, ainda, que, no dia dos roubos, estabelecimentos vizinhos foram invadidos pelos bandidos.

“Entraram em gráfica, restaurante e até em um prédio do instituto que produz carteiras de identidade”, afirmou.