Edição do dia 11/03/2015
11/03/2015 21h30 – Atualizado em 11/03/2015 21h34
Dinheiro foi acumulado pelo ex-gerente da Petrobras ao longo de 18 anos. É o maior valor já recuperado de um esquema de corrupção no Brasil.
Mais de R$ 180 milhões que foram desviados da Petrobras por Pedro Barusco já estão de volta ao Brasil. O dinheiro do ex-gerente estava em contas no exterior. Ao todo, a Procuradoria-Geral da República espera recuperar mais de meio bilhão de reais.
O dinheiro, acumulado ao longo de 18 anos de corrupção, estava depositado em contas no exterior. Na terça-feira (11), na CPI da Petrobras, Pedro Barusco, falou sobre a propina: “Eu recebia praticamente tudo no exterior, como declarei, nas contas na Suíça. Alguma coisa foi recebida aqui no Brasil em espécie. Por isso que tem essa quantia elevada que eu estou repatriando. Estou junto com o Ministério Público trabalhando na repatriação desses recursos.”, disse o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco na terça-feira (10).
Ao todo, o ex-gerente de serviços se comprometeu a devolver US$ 97 milhões. Cerca R$ 303 milhões. O dinheiro desviado de contratos da Petrobras foi depositado em países, como Suíça e Canadá.
Já foram repatriados da Suíça R$ 182 milhões com autorização do próprio Barusco. E ainda faltam trazer R$ 121 milhões depositados no exterior. Esse é o maior valor já recuperado de um esquema de corrupção no Brasil. Mais do que isso: supera a soma de tudo que o país já conseguiu trazer de volta de dinheiro desviado em toda a história. Esse dinheiro vai ficar à disposição da Justiça e será devolvido à Petrobras. E o Ministério Público Federal ainda espera recuperar muito mais.
O secretário de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República, disse que espera trazer de volta cerca de meio bilhão de reais, com base nas investigações e nos acordos de delação premiada de outros envolvidos no esquema de corrupção.
“Esses valores, eles vão recompor o patrimônio de uma companhia que pertence em último grau ao povo brasileiro. Então se trata de recuperar dinheiro do contribuinte e dinheiro do cidadão brasileiro.”, afirmou Vladimir Aras, secretário de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República.