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Cadela era ‘degolada aos poucos’ em Belo Jardim, PE, denuncia internauta

 

23/08/2014 

Vira-lata foi chamada de ‘Pretinha’ e já recebe tratamento em Garanhuns.
Leitora diz que um funcionário público teria amarrado um arame no animal.

Karla Fernanda FeitozaInternauta, Garanhuns, PE

Cadela Pretinha (Foto: Marcela Alves/ VC no G1)Organização de Proteção aos Animais de Garanhuns resgatou a cadela (Foto: Marcela Alves/ VC no G1)

Uma cadela foi encontrada com um arame amarrado ao pescoço em Belo Jardim, no Agreste pernambucano. A ponta do fio teria entrado na carne do animal e provocado um ferimento que se abria dia a dia. “Essa cachorra estava sendo degolada aos poucos”, afirma Karla Fernanda Feitoza, integrante da Organização de Proteção aos Animais de Garanhuns (Opa-Gus), município da mesma região.

Quando souberam da situação, Karla Fernanda e demais participantes da Opa-Gus foram àquela cidade e juntos tentaram resgatar a cadela para iniciar um tratamento. Lá, descobriram que um funcionário do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) teria amarrado o fio. Também souberam que este tinha sido incubido pela gestão para conseguir um novo local para animais que perambulam próximo ao campus.

Cadela Pretinha (Foto: Internauta/ VC no G1)Ela circulava pelas dependências e imediações do
do campus do IFPE (Foto: Internauta/ VC no G1)

Além da internauta, o G1 teve contato com uma pessoa que é da comunidade acadêmica e pediu para não ser identificada. Ela contou que a direção do IFPE comunicou que faria a retirada dos animais domésticos e vadios respeitando-os com princípios humanos.

Batizada de Pretinha, a vira-lata foi levada a Garanhuns, onde passa por tratamento, segundo a internauta Karla Fernanda. “Precisamos impactar a população de toda região para que abram os olhos e entendam, de uma vez por todas, que maltratar animais é crime”, lembra.

Nota da Redação: a assessoria de imprensa do IFPE informou que a direção do campus “não possui nenhum envolvimento com  casos de maus tratos aos animais que circulam na escola e também desconhece a participação de servidores nesse tipo de conduta. Por sermos um campus de caráter essencialmente agrícola, a convivência e o cuidado com os animais sempre fez parte da nossa filosofia, além de ser um fator essencial para o desenvolvimento de nosso projeto pedagógico. A denúncia, portanto, será apurada a fim de que, caso venha a ser confirmada, sejam tomadas as medidas cabíveis contra os responsáveis”.

 

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