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Canetadas (Por Jurandir Carmelo – Pesqueira/PE, 22/04/2014).

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Na minha página do Facebook vejo um comentário do amigo Ciro de Brito Miranda, em cima de uma postagem na qual destaco uma nota do saudoso amigo Dr. Luiz Wilson de Sá Ferraz.

Eis a nota: PESQUEIRA/PE, 20/04/2014 > NOTAS SOLTAS, EM HOMENAGEM AOS 134 ANOS DE PESQUEIRA.
VELHAS IGREJAS DE PESQUEIRA >
(Luiz Wilson – Livro Pesqueira Secular, página 99).

(…) O primeiro templo de Pesqueira, de tantas reminiscências de minha Meninice, foi a Igrejinha de Nossa Senhora Mãe dos Homens. Mandou-a construir em 1802 (v. Zeferino Galvão, ANTOLOGIA, obra citada em outro local destas notas), o Capitão – Comandante e depois Sargento-Mor e Capitão-Mor de Ararobá, Manuel José de Siqueira, em sua Fazenda Poço da Pesqueira. Ficava vizinha a dois antigos sobrados, ainda do tempo daquela velha fazenda, transformados em 1919 ou em 1920 por D. José, em seu Palácio Episcopal. É o mais histórico dos templos da “cidadezinha” e diz-se que ali foi sepultado o Capitão-Mor, Manuel de Siqueira (…).

O comentário bem articulado do Dr. Ciro Miranda remete-me a fazer algumas explicações em relação à autoria do livro Pesqueira Secular, bem assim, relacionado ao local do evento.

Eis o comentário: Ciro Brito Miranda O médico e escritor Luiz Wilson, ao qual assisti o lançamento de seu livro Pesqueira Secular, no Gabinete Português de Leitura, na Rua do Príncipe, em Recife, quando eu tinha 17 anos, foi o maior historiador de Pesqueira. Esse e outros livros fazem parte do grande momento intelectual vivenciado por Pesqueira em seu Centenário, cujo legado permanece até hoje.

Eis as explicações: O livro “Pesqueira Secular – Crônicas da Velha Cidade”, não é de autoria do Dr. Luiz Wilson da Sá Ferraz (médico-escritor, então pertencente à Academia de Médicos Escritores de Pernambuco). Pesqueira Secular reúne em suas 273 páginas, mais alguns encartes sem numeração de fotos sobre Pesqueira e seus eventos, uma coletânea de crônicas de pessoas da nossa comunidade, tendo sido coordenado pelos pesqueirenses Pedro Santa Cruz, Potiguar Matos, Aloísio Falcão, Nivaldo Burgos e Silvio Lins.

Na realidade o livro foi lançado, em primeira mão, em 1980, com edição comemorativa do 1º Centenário de Pesqueira, em encontro da Colônia pesqueirense no Gabinete Português de Leitura, que fica na Rua do Imperador Dom Pedro II (Não na Rua do Príncipe), no Centro da Capital pernambucana. O Dr. Luiz Wilson teve a sua colaboração assentada às folhas 106/108, com o título “VELHAS IGREJAS DE PESQUEIRA”.

Abaixo, para maiores e melhores esclarecimento segue a relação dos que participaram, na sequência de suas páginas e temas, a saber:

Pesqueira Secular (Crônicas da Velha Cidade) > Edição Gráfica Santa Cruz – Recife/PE – 1980, Edição comemorativa do 1º Centenário de Pesqueira 1880/1980, apresentação feita pelo saudoso professor e homem de letras, o pesqueirense Potiguar Matos.

Eis a coletânea de crônicas e artigos sobre Pesqueira:

“O COMEÇO” (Nelson Barbalho – páginas 29/32) > Nelson Barbalho retrata na sua crônica “O COMEÇO”, o período de quando os Holandeses passaram pelo sertão do Ararobá atrás das minas de salitre, mas dizendo que a mesma já conhecida dos portugueses, inclusive de João Fernandes Vieira, chefe único de guerra contra os batavos depois do retorno de Maurício de Nassau à Holanda em 1644. (…).

Faz referências ao Padre João Duarte do Sacramento, de sua viagem a cavalo, pelo vale do Capibaribe, atingindo as suas cabeceiras, a descida pelo vale do Ipanema até a chegada ao São Francisco. (…)

Mais adiante ensina Barbalho que incentivado pelo governador Brito Freire, o padre João Duarte do Sacramento volta a subir o vale do Capibaribe e o Ararobá, onde funda algumas aldeias indígenas, entre as quais destaca-se a de Nossa Senhora das Montanhas ou Aldeia de Ararobá, nas cabeceiras do rio Capibaribe, fundada em 1669, que se tornou vila em 1762, Vila de Cimbres e deu origem à atual cidade de Pesqueira, em Pernambuco. (…)

Nota: Muito boa leitura da crônica de Nelson Barbalho, e faz sentido quando a intitulou de “O COMEÇO”.

“POÇO DO PESQUEIRO, PESQUEIRA” > (Silvio Lins – páginas 33/41) > Silvio Lins, pesqueirense e economista, faz “breve relato da formação histórica e econômica do Município de Pesqueira, com uma descrição de suas potencialidade e algumas proposições em face de suas perspectivas futura” (…).

Nota de Canetadas: O trabalho do economista Silvio Lins oferece um conjunto de sugestões, cujas ações se houvesse sido observadas teria elevado Pesqueira a outra situação, com retomada do seu desenvolvimento.

E ASSIM SEGUE PESQUEIRA SECULAR (Daqui por diante sem comentários):

“SOLOS DO MUNICÍPIO DE PESQUEIRA: UM POUCO DE HISTÓRIA E UM DESAFIO DE GERAÇÃO A GERAÇÃO” > (Nivaldo Burgos – páginas 42/45);

“PESQUEIRA: O MEIO E A CIVILIZAÇÃO” > (Moacyr Britto de Freitas – páginas 47/54);

“PESQUEIRA: EVOLUÇÃO HISTÓRIA DO SETOR EDUCACIONAL” > (Nair Falcão de Carvalho – páginas 55/64);

“A IMPRENSA NA HISTÓRIA DE PESQUEIRA” > (Padre José Maria da Silva – páginas 65/98);

“VELHAS IGREJAS DE PESQUEIRA” > (Luiz Wilson de Sá Ferraz – páginas 99/108);

“O CRISTO REI E PESQUEIRA” > (Givanildo Paes Galindo – páginas 109/118);

“SEMINÁRIO: TEMPO E ILUSÃO” > (José Carlos Cordeiro Freire – páginas 119/ 122);

“O SANTA DOROTÉIA” > (Zuleide Siqueira – páginas 123/128);

“CONVENTO DOS FRANCISCANOS” > (Frei Luciano Maciel Pinheiro – páginas 127/128);

“A DIOCESE DE PESQUEIRA NO PRIMEIRO SÉCULO” > (Padre José Maria da Silva – páginas 129/144);

“AQUI FALA … O S.A.P” (Laurene Martins – páginas 145/148);

“TEATRO E MÚSICA” > (Nelson Valença – páginas 149/154);

“PESQUEIRA ERA ASSIM” > (Eugênio Maciel Chacon – páginas 155/172);

“A CIDADE AMADA, CRÔNICA EM TRÊS TEMPOS” > (Potiguar Matos – páginas 173/178);

“PESQUEIRENSES DE OUTRORA” > (Aloísio Falcão – páginas 179/192);

“A RONDA DA SAUDADE” > (José Figueiredo Matos – páginas 193/198);

“DOIS EPISÓDIOS DA VIDA PESQUEIRENSE” > (Genésio Rosas – páginas 199/208);

“EVOCAÇÕES NUM CENTENÁRIO” > (Jarival Cordeiro – páginas 209/210);

“PESQUEIRA” > (Oton Augusto de Almeida – páginas 211/216);

“INFLUÊNCIA DO DR. LÍDIO NA SOCIEDADE DE PESQUEIRA” > (páginas 217/222);

“ÁLBUM SENTIMENTAL” > (Otacílio Gomes Cavalcanti – páginas 223/226);

“ASPECTOS PESQUEIRENSES” > (Rinaldo Jatobá – páginas 227/230);

“COPIRRAITE” (Aos 100 anos da minha jovem Pesqueira de Sant’ Águeda – EVOCAÇÃO ANO 100”) > (Luiz Neves – páginas 231/248);

“REMINISCÊNCIA DE UMA CIDADE CENTENÁRIA” > (Eronides L. Galindo – páginas 249/254);

“POEMAS PARA PESQUEIRA” > (Antonio Xavier de Carvalho – páginas 255/260);

“CIDADE SERRANA” > (Anísio Galvão > Transcrito do seu livro VIDA QUE CORRE – 1925, páginas 261/262);

“SERRA DO ORORUBÁ” > (N. V. de Carvalho – “transcrito DE A VOZ DE PESQUEIRA – Edição de 21.08.1955”, páginas 263/266);

“POEMA DA CIDADE” > (Elyseu Araújo, páginas 267/268);

“PESQUEIRA CENTENÁRIA” > (Lauro Cysneiros, páginas 269/273).

Nota de Canetadas: O livro do Dr. Luís Wilson é intitulado de “ARAROBÁ LENDÁRIA E ETERNA > (Notas Para A História De Pesqueira)”, lançado em comemoração, também, ao 1º Centenário de Pesqueira, com Edição da Prefeitura Municipal de Pesqueira, sendo prefeito do centenário, o saudoso Eutrópio Monteiro Leite. Contém o livro 451 páginas e vários encartes com fotografias. (O livro foi impresso na Companhia Editora de Pernambuco – CEPE – Recife, 1980).

Outra nota: Pesqueira teve no passado um trabalho muito bom de jornais, revistas, livros, teses, monografias, fotografias, mapas cartográficos, vídeos, etc.

Aqui há de se perguntar: Para onde vai esse rico acervo cultural? É preciso que seja criado o ARQUIVO PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE PESQUEIRA. É preciso cuidar da história da nossa terra e da nossa gente. Pesqueira tem uma história fantástica que deve ser preservada, resgatada, através da republicação de livros. Livros importantes como os de Zeferino Galvão, José de Almeida Maciel, Luís Wilson, entre outros.

ÚLTIMA NOTA DE CANETADAS:

Padre José Maria da Silva, com a crônica “A IMPRENSA NA HISTÓRIA DE PESQUEIRA, em notas e pesquisa bem articuladas, tendo por base o trabalho do saudoso médico-escritor, Dr. Luiz Wilson, que por sua vez utilizou o trabalho do jornalista Luiz do Nascimento, gravataense de nascimento, amigo do velho Paulo de Oliveira (meu saudoso Pai), os quais, juntamente com outros jornalistas pernambucanos, participaram da fundação da Associação de Imprensa de Pernambuco – AIP. O trabalho de Luiz do Nascimento intitulado HISTÓRIA DA IMPRENSA DE PERNAMBUCO, faz o mais autêntico relato sobre a imprensa pesqueirense. O saudoso padre José Maria, para a elaboração de suas notas retratou bem essa importância, inclusive citando diversos jornais entre outros jornais GAZETA DE PESQUEIRA (Zeferino Galvão); CORREIO DE PESQUEIRA (Propriedade dos irmãos Cândido e Joaquim de Britto, sendo Redator Chefe Peixoto Sobrinho e Adjunto o jornalista Paulo de Oliveira, meu saudoso pai); A VOZ DE PESQUEIRA, do jornalista Eugênio Chacon; A FOLHA DE PESQUEIRA, do jornalista Paulo de Oliveira); os jornais ERA NOVA e NOVA ERA, da Diocese de Pesqueira.

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