22/04/2016
Ossada foi encontrada em um buraco aberto e um caixão foi desenterrado.
No local em Alagoinha, é possível encontrar as alças de caixão incendiado.
Ossos expostos, covas abertas e caixões depredados podem ser encontrados no Cemitério Municipal de Alagoinha, no Agreste de Pernambuco. Em reportagem exibida pelo AB TV 1ª Edição nesta sexta-feira (22), moradores reclamam que os postes existem, mas não há iluminação.
Em nota, o secretário de Serviços Urbanos do município, Paulo da Silva Campos, respondeu que o cemitério é administrado pela prefeitura há pouco mais de três anos, vem passando por obras de ampliação e um novo portão já foi instalado. A nota da gestão de Alagoinha não informa sobre os túmulos destruídos.
Outro problema no lugar são as covas: uma ossada foi encontrada em um buraco aberto. “A questão do mato, covas abertas, catatumbas com caixões de pessoas que a gente não sabe quem são, porque se fosse da família estariam lacradas. É um total descaso. Os túmulos não têm identificação. É muito complicada a situação aqui”, disse a agricultora Luciana Leal.
Com a falta de espaço na área do cemitério, foi construída uma ampliação na parte de trás – um muro foi feito, mas não tem portão, então qualquer pessoa pode ter acesso independentemente do horário.
No local é possível encontrar as alças de um caixão que foi queimado e o lugar em que ele foi incendiado. Quando chove, o campo-santo alaga. Nas parede é possível ver a altura que a água atinge.
Na parte recém-construída, um jazigo ainda tem materiais utilizados na obra e na parte de baixo – antes que o dono terminasse a construção – foi colocado um caixão que aparenta ter sido desenterrado. “Estava em construção, jogaram os ossos com o caixão e tudo dentro [do jazigo]. Ninguém sabe de quem são os ossos”, afirmou o autônomo Laudivan Alves.