Ela ganhou o direito de fazer a cirurgia nos EUA, mas governo negou.
Adriana Justi
Do G1 PR
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Criança sofria da síndrome do intestino e estava internada no Instituto da Criança, em SP (Foto: Reprodução/RPC TV)
Criança sofria da síndrome do intestino e estava internada
no Instituto da Criança, em SP (Foto: Reprodução/RPC TV)
A menina curitibana Francine de Assunção, de 3 anos, que aguardava por um transplante de intestino há mais de dois anos, morreu durante a madrugada desta quarta-feira (2) no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo. A informação foi confirmada ao G1 pelo advogado da família, Edgar Ferraz. O hospital foi procurado pela reportagem para informar a causa da morte, mas até as 8h a assessoria de imprensa não tinha sido localizada. De acordo com Edgar, a criança estava fragilizada e tentava de recuperar de uma infecção hospitalar.
Francine sofria da síndrome do intestino curto e ficou internada no Hospital de Clínicas de Curitiba (HC) por dois anos, onde passou pela cirurgia para retirar parte do intestino. Ela precisava do transplante para sobreviver e aguardava por um doador compatível.
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Como a doença é rara e não há casos bem sucedidos desse tipo de transplante em crianças no Brasil, ela chegou a ganhar o direito de fazer a cirurgia nos Estados Unidos, mas o governo federal recorreu da decisão da Justiça Federal e sugeriu que o transplante fosse realizado em São Paulo. Desde então, ela aguardava por um doador.
O último caso desse tipo de transplante em crianças, segundo o médico responsável Uenis Tannuri,, foi realizado na Santa Casa de São Paulo há 10 anos, mas não deu certo.
Emocionada, a mãe, Rosimari de Assunção, relatou ao G1 que acredita que se a menina tivesse sido levada para os EUA poderia ter sobrevivido. “Talvez lá ela tivesse conseguido o doador mais rápido. Estamos todos muito tristes. Perdemos nossa filha amada”.
Sobre a infecção hospitalar, Rosimari criticou as condições de higiene do hospital onde ela estava internada. “Era uma coisa muito desorganizada. Todo mundo usava o mesmo banheiro, não havia isolamento”, reclamou.
O velório e o sepultamento serão realizados em Curitiba, conforme o advogado da família. Até as 8h30, o corpo ainda não tinha sido liberado.
G!
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