TRE e veículos de imprensa de Pernambuco lançam ofensiva contra fake news nas eleições
Frente de Combate à Desinformação, lançada nesta quinta (9), fará checagem de conteúdos que circulam em redes sociais e aplicativos de mensagens.
Por Mhatteus Sampaio e Priscilla Aguiar, TV Globo e g1 PE
O combate a disseminação de informações falsas sobre o processo eleitoral ganhou um reforço nesta quinta (9). O Tribunal Regional de Pernambuco (TRE-PE) lançou a Frente de Combate à Desinformação de Pernambuco. É uma parceria com veículos de imprensa do estado para levar à população informações verdadeiras e precisas sobre as eleições, combatendo as fake news .
A frente foi lançada durante uma solenidade realizada na sede do TRE-PE, no Recife. Segundo o tribunal o grupo fará a checagem de conteúdos que circulam em redes sociais e aplicativos de mensagens. Tudo será articulado pela assessoria de comunicação do órgão e pela imprensa.
Para o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, desembargador André Guimarães, a frente reforça a importância da imprensa na construção da democracia.
Ele destacou que os veículos de comunicação desempenham um papel fundamental, levando informações corretas e precisas sobre tudo que envolve o sistema eleitoral.
“Essas desinformações tomaram um rumo maior do que nas outras eleições. É uma preocupação da Justiça Eleitoral e de todos nós, principalmente da imprensa, porque nós não vamos permitir que as notícias falsas possam de algum modo macular o nosso processo eleitoral. Todos nós queremos que prevaleça a verdade e o processo eleitoral limpo. Com paz e tolerância”, disse.
O secretário de tecnologia da informação do TRE-PE, George Maciel, ressaltou que o eleitor não tem que se preocupar com a segurança da urna eletrônica, já que ela é segura e passível de auditoria. Ele lembrou dos perigos da falta de informação.
“A desinformação induz a erro, a se preocupar com relação ao processo. A gente sempre ratifica que o processo é seguro e maduro. Temos 26 anos de eleições eletrônicas no país. É um processo reconhecido internacionalmente. Não há nesses 26 anos nenhuma ocorrência de fraude”, afirmou.
A desembargadora eleitoral Mariana Vargas, diretora da escola judiciária eleitoral do TRE Pernambuco, lembrou que os eleitores precisam fazer a sua parte, checando as informações antes de compartilhar.
“Esse fenômeno de divulgação de notícias falsas nas redes sociais tem comprometido muitas vezes a nossa própria democracia. É muito importante, principalmente se a notícia vier com áreas de sensacionalismo, com alarde, antes de repassar, por mais que venha de até de uma pessoa que você conhece e confia, fazer a checagem antes”, declarou.
Fake news nas eleições
Moraes: Quem propagar fake news e discurso de ódio terá o registro cassado
Em fevereiro deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fechou uma parceria com diversas redes sociais para tentar conter a disseminação de fake news nas eleições.
Na primeira semana de junho, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a posição do TSE é “muito clara” e que a Corte vai cassar os mandatos de candidatos que propagarem fake news .
Na segunda (6), representantes do TSE e do aplicativo de mensagens Telegram se reuniram em Brasília para discutir ações de combate às fake news nas eleições deste ano.
Fato ou Fake?
Os criadores de fake news utilizam uma série de truques para fazer com que as pessoas acreditem nas mentiras e as compartilhem. A checagem de informações pode ser feitas em meios oficiais ou em veículos confiáveis.
O g1 possui um serviço de monitoramento e checagem de conteúdos duvidosos que esclarece o que é falso ou verdadeiro em mensagens disseminadas pelo celular e pela internet.
Os especialistas afirmam que são importantes questionamentos como se a informação está em um site conhecido, se é possível identificar e responsabilizar quem escreveu o conteúdo ou se o site ou o jornal de fato publicou aquilo.