Há quatro anos ela ajuda o pai, que é coveiro, com a limpeza dos túmulos. Durante o trabalho, a beleza da menina chamou atenção de uma família que participava de um sepultamento.
Por Camilla Motta, G1 Vale do Paraíba e Região
Após ser ‘descoberta’ em um cemitério, a jovem Beatriz Rosa, de 18 anos, tenta carreira de modelo. Há quatro anos ela, que é ajudante do pai coveiro, faz a limpeza de túmulos em Jacareí (SP). Durante o trabalho, um dia a beleza da estudante chamou a atenção de uma família que participava de um sepultamento.
“Uma mulher me pediu ajuda para molhar uma planta. Quando me aproximei, ela me olhou e perguntou se eu já tinha pensado em ser modelo. Eu disse que queria, mas que não tinha condições financeiras para fazer um ‘book’. Ela disse que tinha uma prima fotógrafa e ia ver se conseguia me ajudar”, contou a jovem, que sonha em ser modelo fotográfica desde criança.
A fotógrafa Edna Medici se interessou e se propôs a conhecer a modelo, que pesa 43 quilos e mede 1,62. “Quando a vi achei linda, mas não resolvi ajudar com interesse de que ela ia dar certo, mas por paixão. Acabei me apaixonando por ela e pela família dela, que são educados e humildades. Torço muito para que dê tudo certo, estou sempre tentando ajudar e acompanhando”, disse.
A fotógrafa fez o ‘book’ da modelo e também a ajudou a conseguir alguns trabalhos em lojas e em uma capa de revista regional.
Repercussão
O rosto marcante de Beatriz começou a ganhar visibilidade nas últimas semanas, depois que a jovem apareceu no programa matinal da apresentadora Ana Maria Braga. A aparição rendeu um contrato com uma grande agência de modelos. Edna foi quem mandou um email para o programa contando a história de Beatriz.
“Todo lugar que eu vou agora alguém me pede uma foto, um autógrafo. Até um fã clube fizeram para mim. Eu não esperava tudo isso. Foi uma surpresa minha participação no programa e mais surpresa ainda toda essa repercussão”, contou.
A jovem espera conseguir trabalhar no mundo da moda e pretende ajudar a família com o salário. “Minha vó trabalha no cemitério há 50 anos, meu pai é coveiro há 24 anos e, desde sempre, eu e a minha mãe estamos aqui com ele, ajudando. As pessoas acham estranho, mas é um lugar muito tranquilo, de paz. Eu gosto de estar aqui e agora é um lugar que me fez ganhar uma chance na vida”, afirmou.