Portões são fechados, mas eleitores ainda enfrentam filas em Caruaru, PE
Em um colégio da cidade, homem chegou um minuto após o fechamento.
Neste local, duas urnas tiveram problemas e foram substituídas.
Os portões dos locais de votação foram fechados em todo o país às 17h deste domingo (5). Em Caruaru, no Agreste pernambucano, as filas são grandes e o voto biométrico estaria dificultando o acesso rápido, segundo os eleitores com quem o G1 conversou. Em um colégio particular da cidade, a espera continua na parte de dentro.
para o local (Foto: Alessandra Costa/ G1)
A administradora de empresas Cristiane Pereira, de 43 anos, chegou às 15h e disse que, “em todas as eleições, se conseguia votar rapidamente”, ao contrário desta. Ela até levou uma cobra de estimação para o colégio e descontraiu ao falar que nem mesmo a presença do animal fez com que a fila andasse mais rápido. “Ainda bem que ela já se alimentou”, brincou em relação à cobra, que, segundo ela, não é venenosa. A comerciante Elaine Campos, de 26 anos, veio votar no horário habitual e se surpreendeu. “Eu nunca enfrentei uma fila como esta. Devem ter umas 50 pessoas na minha frente”. A quantidade é semelhante nas demais sessões.
De acordo com o administrador Alyson Christopher, deste prédio, a quantidade de pessoas está menor do que pela manhã, mas ainda é incomum ao horário. Para ele, o voto biométrico está realmente dificultando e os eleitores precisam colocar a digital várias vezes em algumas seções. No prédio, que tem 17 sessões e 5.830 eleitores, duas urnas precisaram ser trocadas por conta de problemas. Alyson Christopher ainda informou que, depois do recadastramento biométrico, muitos mudaram o local de voto e não buscaram o endereço. Segundo ele, por conta disso, pessoas perderam tempo procurando.
O empresário Plácido Neto, eleitor de Olinda, tem um restaurante em Caruaru e encontrou o portão já fechado. “Eu tinha vindo mais cedo, só que faltou um documento para eu justificar o voto. Aí voltei para buscar em casa e, por um minuto, não deu tempo entrar”, lamentou.
(Foto: Alessandra Costa/ G1)