Ela também acrescentou que o romance com a mulher, que não teve a identidade revelada, chegou ao fim, e se declarou bissexual: “Hoje estou solteira. Mas o sexo é normal: posso beijar, transar e amar da mesma forma. Acontece que esse assunto me chateia. Desde que sofri o acidente, ganhei muitos rótulos. Primeiro, era a atleta acidentada. Depois, a atleta paraplégica. Agora, sou a atleta gay. Eu sou ‘só’ a Lais Souza! Por que minha opção sexual tem que ser manchete? Quebrei o pescoço, poxa! A gente precisa de manchetes pra isso, pra que cada vez existam mais pesquisas que me tirem da porcaria dessa cadeira”, disse a brasileira, que pensa em continuar seu tratamento nos Estados Unidos.
Ex-atleta acredita que voltará a andar
Empenhada na luta para voltar a andar, Lais, que começou um tratamento pioneiro de células-tronco e ganhou um carro adaptado de Luciano Huck em dezembro, se diz otimista com o avanço da medicina. À publicação, ela acredita que pode voltar a ter o movimento das pernas.
“Resolvi me focar nas minivitórias. A primeira foi respirar sem aparelhos. Como o impacto na medula tinha feito meu diafragma parar de funcionar, tive que fortalecê-lo. Por isso, eu cantava Ana Carolina o dia inteiro no hospital… Tatuei no meu punho um cadeirante se levantando – símbolo do Miami Project e que sou eu! Tenho certeza de que vou voltar a andar”, disse ela. No “Fantástico”, a brasileira experimentou o surfe adaptado para deficientes e aprovou a aula.