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Mais de 60 empresas devem abrir 17,4 mil vagas de emprego em Pernambuco; saiba como se preparar

Além disso, as companhias devem investir mais de R$ 4,8 bilhões em todas as regiões de PernambucoMarcelo Aprígio

Marcelo Aprígio

Publicado em 28/07/2021 às 12:42

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MARCOS SANTOS/DIVULGAÇÃO
Uma só empresa deve gerar sozinha cerca de 14 mil empregos diretos e indiretos – FOTO: MARCOS SANTOS/DIVULGAÇÃO

Leitura: 10min

Com a vacinação contra a covid-19 avançando e a economia voltando a dar sinais de melhora, diversas empresas vão aportando em Pernambuco, garantindo altos investimentos no Estado e gerando novas oportunidades de emprego para o alento de milhares de trabalhadores. É o que apontam dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Sedec-PE).https://b85e74a9f273f5b5226e83cb37046918.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Segundo a pasta, mais de 60 novos empreendimentos foram anunciados no Estado em 2021, desses 32 ocorreram apenas no mês de julho. Com isso, a expectativa é de que aproximadamente 17,4 mil postos de trabalho sejam abertos já a partir dos próximos meses. Para tanto, as empresas devem investir mais de R$ 4,8 bilhões em todas as regiões de Pernambuco.

Entre as companhias que escolheram o Estado para se instalar estão o Grupo MBP, a Noronha Pescados, a Blau Farmacêutica, o Grupo Edson Queiroz e a Copa Energia. Além dessas, há ainda o Grupo Mateus, maior rede varejista do Norte e Nordeste e quarto maior atacadista do Brasil, que sozinho deve gerar 14 mil novos empregos diretos e indiretos. Algumas empresas ainda não divulgaram o número de vagas que serão abertas.

As oportunidades não devem parar por aí, e novos empreendimentos devem ser anunciados em breve. Segundo o titular da Sedec-PE, Geraldo Julio, sua pasta tem feito um trabalho constante de relacionamento e de inteligência com as empresas para mostrar os potenciais do Estado e conseguir atrair negócios que promovam crescimento e gerem empregos. “O objetivo é implantar uma estrutura de empreendimentos que promova solidez da economia e que garanta oportunidades aos pernambucanos”, afirmou Geraldo Julio.

Principais vagas a serem abertas

EMPRESASEMPREGOS
GRUPO MBP160
NORONHA PESCADOS595
BLAU FARMACÊUTICA1000
GRUPO MATEUS14000
GRUPO EDSON QUEIROZ E COPA
ENERGIA
1000
MASSA FEST10
VENOSAN15
SÃO LUIS INDÚSTRIA DE ALIMENTOS10
NEO SIMERA MATERIAIS MEDICOS37
AUDACE70
CENDIC METAIS59
AMAZÔNIA MIX
A3 PET38
TEM MAIS SABOR32
FÊNIX SOLUÇÕES EM ALUMÍNIO18
AGUA BROTINHOS7
GOSTO MAIS25
MAX PAPER12
MOVENE4
ALBERTO S/A INDÚSTRIA E COMERCIO3
ALEJANDRO MARIO PIZARRO EIRELI15
IGUATEMI GELADOS DO NORDESTE88
FORTLEV22
BERNADETE M DA SILVA & CIA LTDA13
DAVILLA59
SERRAÇO DO SERTÃO6
LEONARDO C. DE ALMEIDA PRE-MOLDADOS17
MADEPAZ MADEIRAS14
MORAIS DE CASTRO7
NUTRI NORDESTE8
PINCÉIS ROMA52
GRUPO PREMOCIL6
VENTISOL NORDESTE15
TOTAL17.426

Newsletter

As empresas ainda não anunciaram a abertura de processos seletivos para dar início às atividades em Pernambuco. Por isso, é importante se manter atento aos anúncios da companhias. A Newsletter de Emprego e Concurso do JC pode lhe ajudar neste sentido. 

Assine o serviço, que é gratuito, e receba semanalmente no seu e-mail as principais notícias sobre concursos, vagas de emprego e estágio, novidades sobre carreiras, tendências do mercado de trabalho, além de informações sobre cursos de capacitação.

O conteúdo é enviado todas as terças-feiras diretamente no seu e-mail, sempre às 14h.

Como se preparar para as vagas

Apesar do grande número de novas oportunidades, a disputa por cada um delas deve ser acirrada. Isso porque Pernambuco ainda sofre com os efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho e tem XXX mil pernambucanos sem emprego. Para se sobressair diante de tantos candidatos, a preparação é o melhor caminho. E ela deve começar pelo currículo.https://b85e74a9f273f5b5226e83cb37046918.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

MARCELO APRÍGIO/JC
A Heach Recursos Humanos, empresa especializada em recrutamento e seleção de profissionais, divulgou uma pesquisa sobre as mentiras que os profissionais contam em seus currículos e mostrou que, em um universo de 750 currículos avaliados, 61% tinham alguma inconsistência em suas informações – MARCELO APRÍGIO/JC

Em síntese, esse documento tem o objetivo de mostrar para o empregador as aptidões, as experiências e os objetivos dos profissionais. Porém, é comum que as informações de um currículo tradicional sejam capazes de representar apenas uma parte de quem este candidato é, de forma limitada. É a partir daí que surge o questionamento se há modelo ideal de currículo. Segundo especialistas da área de recrutamento e seleção, a resposta é direita: não.

Na avaliação de Lauro Buarque, diretor da Consult Human, empresa especializada em consultoria e recrutamento, não basta ter só um, tem de adaptá-lo a cada vaga. “Não existe uma regra, certo ou errado. Na verdade, o currículo nada mais é do que um retrato da sua história: fala sobre presente, passado e futuro. Ele precisa construir uma narrativa. Para cada festa, um traje”, afirma ele.

Para se diferenciar da multidão e obter essa personalização do currículo, os estudantes precisam, primeiro, saber quem realmente são. “O estudante precisa se colocar em uma posição em que seja possível olhar para dentro e entender quais são os elementos críticos que diferenciam o perfil dele, para que, então, esse perfil possa ser comunicado para as pessoas”, destaca a diretora de pesquisa e aprendizagem da Workalove, Elziane Bouzada.

De acordo com um levantamento realizado pela Catho com mais de 400 recrutadores, 30% deles demoram em média de 6 a 10 segundos para descartar um currículo para uma entrevista, enquanto outros 27% levam de 11 a 29 segundos. Só 17% deles demoram entre 30 e 59 segundos para descartar ou não o texto, e apenas 21% levam mais de 1 minuto.

Por isso, o foco deve ser construir uma narrativa assertiva para aquela vaga. Lauro Buarque explica que para cada processo existe uma demanda e que, por isso, recomenda que os candidatos tenham dois currículos à mão, um no modelo tradicional e outro num modelo mais contemporâneo, com conteúdo que pode ser customizado. “É sobre se conectar com o seu interlocutor. Em algumas empresas mais disruptivas, pode não pegar bem o currículo tradicional. Não é que pega mal, mas fica no ‘normal’”, explica Buarque.

Em geral, o que diferencia os dois modelos é o layout. O formato tradicional é caracterizado por uma folha corrida, é feito em programas como Word, em apenas uma coluna. Não possui foto nem cores. Já o formato mais contemporâneo, que pode ser feito em sites ou programas de design, é diagramado com uma ou duas colunas, possui cores e até mesmo estampas e ilustrações.

Para Luana Cepellos, especialista em gestão de pessoas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o currículo tradicional continua funcionando e sendo um padrão no mercado, minimizando o risco de erro. “Eu ainda acredito que ter um currículo padrão é mais seguro, mas não necessariamente é o mais certo. O mundo online permite que você crie.”

Cepellos acredita que falar sobre currículo é falar sobre a identidade pessoal de cada um. “Hoje em dia, principalmente com a pandemia, a nossa marca pessoal ficou muito forte.”

A especialista também pondera que não existe um formato ideal. “O que se aplica, tanto para o formato tradicional quanto para o formato mais inovador, é ter informações claras. Os layouts mais inovadores não são necessariamente um diferencial no processo.”

FONTE/JC,29/07/2021.

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