Por TV Santa Cruz
Amulher que foi presa na tarde de segunda-feira (11), em Itabuna, no sul da Bahia, suspeita de matar dois namorados envenenados, no período de oito meses, teria dado chumbinho a um deles dentro de um hospital quando ficou sabendo que a vítima teria alta médica depois de ser intoxicado pela primeira vez por ela.
De acordo com a polícia, Wane Brenda Oliveira utilizou chumbinho para matar dois parceiros assim que descobriu que eles tinham intenção de terminar o relacionamento com ela. As investigações apontam que as vítimas namoraram com Wane em 2017. A mulher negou os crimes, mas foi levada para o presídio da cidade.
Uma das vítimas foi Evandro Bonfim de Souza, de 40 anos. Ele foi o segundo a ser morto envenenado por Wane.
Após ser envenenado pela primeira vez por ela, Evandro ficou internado por cerca de nove dias e e quando deveria receber alta médica, teve uma parada cardíaca. Brenda, segundo a polícia, esteve o tempo todo o acompanhando na unidade médica e por isso foi levantada a suspeita de que ele tenha sido envenenado pela segunda vez.
“O médico realmente suspeitou contando com o resíduo gástrico, o retorno que veio da sonda nasogástrica. Realmente, estava um aspecto parecendo chumbinho. E quando subiu para o CTI, depois de alguns dias, eu insisti em fazer um [exame] toxicológico de urina. Então eu queria que realmente fosse desvendado mesmo. E a suspeita veio dela, porque da primeira vez ele estava com ela e da segunda vez ela estava com ele. É uma pessoa má, perversa”, disse a irmã de Evandro, Eumara Bonfim.
Caso
Nos dois casos, Wane Brenda socorreu as vítimas até uma unidade de saúde, após o veneno fazer efeito, mas em seguida, os dois namorados morreram.
Segundo a polícia, o primeiro a ser morto foi Edvaldo Araújo Alves, 40, que namorou com a suspeita por um ano. No dia 16 de abril de 2017, Edvaldo passou mal na casa da namorada e foi socorrido por ela para o Hospital de Base de Itabuna, onde morreu. Na época do crime, a morte foi atribuída a um infarto fulminante.
Segundo a delegada Magda Figueiredo, titular da Delegacia de Homicídios (DH) de Itabuna e responsável pelas investigações, a versão de Wane não convenceu a família da vítima que alegava ter conhecimento de que ele estava insatisfeito com o relacionamento.
A polícia não detalhou o período exato, mas disse que meses depois da morte de Edvaldo, Wane Brenda estava em um novo relacionamento com Evandro Bonfim de Souza, também de 40 anos.
Edvaldo sentiu-se mal após ingerir um medicamento dado pela namorada. Ele também foi levado pela suspeita a um hospital, onde o médico que o atendeu informou que os sintomas apresentados com ele se assemelhavam aos mesmos por envenenamento por chumbinho.
Durante a internação, que durou cerca de nove dias, Brenda acompanhou Evandro na unidade de saúde e quando ele deveria receber alta médica, teve uma parada cardíaca. Ao ser submetido a uma lavagem estomacal os médicos encontraram vestígios de uma substância semelhante ao veneno. De acordo com a polícia, o estado de saúde de Evandro piorou e no dia 3 de dezembro foi constatada sua morte cerebral.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias das mortes de Edvaldo e Evandro. Após o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Itabuna recolher amostras dos corpos das vítimas foi comprovado, através do material analisado, que os homens foram envenenados.
Wane Brenda está presa em Itabuna à disposição da Justiça.
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