Pesqueira/PE, 26/10/2015 >
Poema do meu saudoso amigo-irmão, poeta e contista Laurene Almeida, que amanhã completaria 70 anos de idade.
Não magoes o poema
Com o espinho de palavras
Que menos dizem
Do que ferem.
O poema é criança,
Inteira premonição,
Nervos, arrepios
E, inocente, ainda balbucia,
Soletra sentimentos.
Deixa-o gestar sua face
Com a ternura ou a dor da vida.
Humildemente, aguarda, espera.
De beleza, perfume e hálito,
O poema terá o rosto
Que desde sempre haveria de ter.