29/04/2015 09h14 – Atualizado em 29/04/2015 11h00
Manancial voltou a manter o volume após ter primeira queda em 3 meses.
Três outros sistemas tiveram queda, um ficou estável e apenas 1 subiu.
O nível de água dos reservatórios do Sistema Cantareira, que abastece a capital e região metropolitana, voltou a ficar estável nesta quarta-feira (28), depois de registrar a primeira queda em quase três meses no dia anterior. De acordo com boletin divulgado no site da Sabesp, o manancial opera em 20% e não recebeu nenhuma chuva nas últimas 24 horas.
A chuva registrada em abril, 45,1 mm, é apenas 50% do esperado para o mês. O conjunto de represas não reduzia seu índice desde o dia 1º de fevereiro, ou seja, ficou 86 dias sem perder mais água do que receber. Mas a situação é crítica, porque estamos no período mais seco do ano e apenas a segunda cota do volume morto foi recuperada.
Entre os demais manancias que abastecem a Região Metropolitana, três tiveram queda no nível nesta quarta (Alto Tietê, Guarapiranga e Alto Cotia), um ficou estável (Rio Grande) e apena um subiu (Rio Claro).
Indíces
O índice de 20,0% divulgado pela Sabesb considera o cálculo feito com base na divisão do volume armazenado pelo volume útil de água.
Após ação do Ministério Público, aceita pela Justiça, no entanto, a Sabesp passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.
O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume total de água do Cantareira. Nesta terça, o índice é 15,5%, o mesmo registrado no sábado.
O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume útil. Nesta segunda, o índice é de -9,3%.
Mudança no abastecimento
A Sabesp anunciou neste mês que uma nova adutora permitirá que o Sistema Rio Grande abasteça alguns bairros da Zona Sul de São Paulo. Com 2,1 km de extensão, ela vai levar água a bairros da região de Pedreira, como Balneário São Francisco, Cidade Júlia, Eldorado, Jardim Apurá, Jardim Guacuri, Jardim Rubilene, Jardim Selma e Pedreira.
Segundo a Sabesp, o investimento foi de R$ 7,6 milhões. A obra pretende aliviar o Sistema Cantareira, que passa pela pior crise da história. Com o abastecimento de 250 mil pessoas na Zona Sul pelo Rio Grande, a expectativa é gerar uma “sobra” no sistema Guarapiranga, que atendia essas áreas anteriormente. Com isso, o Guarapiranga pode passar a abastecer áreas que recebem água do Cantareira.
O número de pessoas atendidas pelo Sistema Cantareira, que já foi de 9 milhões na Grande São Paulo e estava em 5,6 milhões, agora é de 5,4 milhões.