Pesqueira FuXico A Verdade em 1º Lugar!
Este Bloco fora fundado em 1909 e estará completando este ano 111 anos de tradição. Seu fundador foi Sr. Pedro Lopes, após o seu falecimento assumiu a direção o Sr. Aprigio do Amaral, em 2009 já estava no comando do Sr. José Barbosa Lopes e o jovem José Rozanio Cintra Lopes (filho e neto de Aprígio).
O Bloco é composto de homens vestidos de roupas femininas brancas e usando chapeis de palha (ornamentados com fitas vermelhas). O ritmo da dança surgiu de um folguedo que de costume era cantado nos desfiles dos escravos, que chegavam ao Brasil, e os cantavam nas senzalas. Segundo a História a melodia foi ouvida, pelo fundador do Bloco, no Cais de Recife, em uma das viagens realizada por ele a Capital. Vendo a melodia, ele achou muito interessante e bonita e teve a brilhante ideia de trazê-la para incrementar em um bloco com amigos no nosso Carnaval.
Estas melodias que fazem parte da dança do Cambinda Velha são muito simples e eram cantadas, anteriormente, também, nas festas religiosas em devoção e comemoração aos santos, depois elas foram sendo inseridas nas festas profanas como o Carnaval.
Atualmente o Bloco se resume a, no máximo, trinta e poucos componentes que brincam e divertem o público abrilhantando o nosso Carnaval dos Caiporas com muita irreverencia e originalidade. Portanto, é de suma importância à preservação de Histórias como estas do nosso Carnaval Pesueirerense, que faz parte da nossa rica Cultura Pernambucana. Por este e outros motivos, muitos estudantes e historiadores estão sempre buscando e pesquisando nesta nossa Fonte de Cultural, que é o nosso Carnaval cheio de preciosidades como o imortal e maravilhoso Cabinda Velha, que há mais de um século se apresenta a beleza e a magia dos antigos carnavais formado por grupos e troças de amigos.
UM PEQUENO DETALHE:
SABEMOS QUE O CARNAVAL É UM EVENTO MUITO TRABALHOSO E DIFÍCIL DE SE ORGANIZAR, MAS DEVEMOS CONTRIBUIR PARA QUE A NOSSA CULTURA NÃO SEJA ABAFADA E NEM ESQUECIDA. PORTANTO, DEIXO AQUI UM FATO SIMPLES QUE ASSISTI ACONTECER, NO CARNAVAL PASSADO, COM AS CAMBINDAS E QUE DEVEMOS TENTAR EVITAR, PARA QUE ESTES TIPOS DE CONTRATEMPOS NÃO POSSAM ATRAPALHAR O BRILHO DO NOSSO CARNAVAL CULTURAL E HISTÓRICO.
UMA OBSERVAÇÃO: INFELIZMENTE, EM 2019, REGISTRAMOS AS CAMBINDAS VELHAS SENDO INTERROMPIDAS DE SEGUIR EM SEU DESFILE DEVIDO A DOIS BLOCOS NOVOS COM PAREDÕES QUE SAÍRAM NO MESMO HORÁRIO DELAS. FOI UM CHOQUE DE GERAÇÕES CARNAVALESCAS QUE CALOU OS FOLIÕES DAS CAMBINDAS NO BANCO. OS COITADOS FICARAM SEM SABER O QUE FAZER PARA MOSTRAREM O SEU CARNAVAL E A SUA CULTURA CENTENÁRIA. FICA AQUI A OBSERVAÇÃO PARA QUE ISTO NÃO VENHA A OCORRER NOVAMENTE JÁ QUE ESTE ANO O BLOCO ESTARÁ SENDO HOMENAGEADO. CONFESSO-LHES QUE FOI TRISTE VER AS CAMBINDAS SEM SABER O QUE FAZER PARA CONTINUAREM O TRAJETO NAQUELA HORA ERA COM SE ELES ESTIVESSEM NO LUGAR ERRADO, NA HORA ERRADA OU NO CARNAVAL ERRADO. VEJA O VÍDEO! O BLOCO MERECEM O NOSSO RESPEITO E OS NOSSO APLAUSOS POR TODA A SUA BELÍSSIMA HISTÓRIA.
Francisco Mendes Galindo, 28/01/2020.
BLOCO CAMBINDAS VELHAS NAS COMEMORAÇÕES DE 2011
“O Cambinda Velha, bloco tradicional de Pesqueira, completa 101 anos de existência neste Carnaval dos Caiporas 2011 de Pesqueira.
A tradição do bloco carnavalesco vem sendo repassada de geração a geração desde 1909, quando o Pedro Lopes comerciante de Pesqueira “vendia a melhor carne de sol da cidade”, que muitas vezes levava seu produto e gado para vender na Capital Pernambucana.
Segundo o Rosano Amaral, filho de Zé Amaral, que hoje é o presidente do bloco, a viagem era realizada de caminhão e durava em torno de dois dias.
Em 1907 com a chegada da Rede Ferroviária em Pesqueira o comerciante passou a se dirigir para o Recife no Trem de carga, em uma dessas viagens, o Pedro Lopes ao passar pelo Cais avistou homens de origem africana descarregando os grandes navios e após terminarem os mesmos comemoravam dançando e cantando.
Pedro Lopes acompanhou todo o ritual que ia desde cinco Pontas até a Rua Imperial, todos enfeitados de fitas vermelhas, brancas e amarelas.
Ao chegar a Pesqueira, Pedro Lopes, chamou um grupo de amigos para dançar o carnaval com a mesma característica dos africanos. Em 1909 foi fundado o bloco com vários componentes. Em uma das suas viagens, a busca de material para as vestimentas de seus componentes, o comerciante citou uma frase que até hoje se canta na apresentação do bloco Cambinda Velha: bati o recife todo atrás de fita amarela, fui achar em Cinco Pontas na casa de dona Bela.
” ( Texto do Face do Carnaval dos Caiporas, 2011).
LINK de um dos exemplos de Dissertação de Doutorado apresentada na UFPE, sobre o nosso Carnaval de Pesqueira e, inclusive, as Cambindas Velhas:
http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede/bitstream/tede2/6084/2/Jeanine%20Calixto%20Lacerda.pdf
