27/11/2014
Dois policiais militares foram presos na quarta (24) suspeitos da execução.
Investigações apontam disputa de terras como motivação preliminar da morte.
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Dois policiais militares suspeitos de envolvimento no assassinato do vice-prefeito de Cumaru, no Agreste de Pernambuco, foram presos na quarta-feira (25). Marco Antônio Bezerra da Costa foi assassinado em setembro deste ano e os suspeitos de encomendar o homicídio seriam o primo dele – um fazendeiro de Gravatá – e um vaqueiro. Preliminarmente, a motivação seria uma disputa de terras. “Eram terras no distrito de Ameixas, que envolviam interesses da vítima e do acusado. Isso ocasionou essa morte. É uma motivação preliminar, o inquérito ainda está sob sigilo, a gente não pode divulgar mais informações. O que a gente pode divulgar, por hora, é que havia um atrito, um conflito entre a vítima e o mandante do crime”, explicou o delegado Bruno Vital. Estes são os únicos suspeitos que a polícia ainda não conseguiu prender dentro das operações Espora e Rédea Curta, deflagradas na quarta-feira (24), em sete municípios da região Agreste.
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setembro (Foto: Divulgação/Blog Conexão Cumaru)
Outros detalhes das operações foram divulgadas nesta quinta-feira (25), durante entrevista coletiva realizada no Recife. Ao todo, as ações teriam foco em 11 envolvidos e nove foram presos na quarta-feira (24), de acordo com a polícia. Nas investigações, teria sido descoberto que o grupo matou pelo menos 10 pessoas em um ano. O líder da quadrilha dava as ordens de dentro do presídio de Pesqueira, articulando quem seriam os executores de homicídios encomendados na região. Os principais seriam os dois policiais militares – um soldado do estado da Paraíba e outro de Belo Jardim. Eles teriam assassinado o vice-prefeito de Cumaru quando este transitava pela BR-104 em Caruaru. “A participação de policiais militares realmente torna a investigação mais complexa e detalhada, já que eles são conhecedores de práticas de atividade policial. Então, os crimes eram cometidos de forma que as tarefas eram muito bem distribuídas e planejadas”, explica a delegada Pollyanne Farias.
O policial militar de Pernambuco foi preso no 15º Batalhão em Belo Jardim. “Até então, o policial, que tem cinco anos de corporação, vinha desempenhando suas funções dentro da normalidade e era tido entre os companheiros como um policial de destaque. Então, para a gente foi uma surpresa”, detalhou o major Leonardo Lima, comandante do 15º Batalhão.