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SANTA CRUZ BATE SALGUEIRO NO ARRUDA, QUEBRA TABU E É CAMPEÃO PERNAMBUCANO 2015

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Publicado: domingo, 3 de maio de 2015, às 18:06
Por: Daniel Lima

Santa Cruz ou Salgueiro, daí saiu o campeão pernambucano 2015. A capital manteve a escrita e deixou o interior apenas no quase após entrar na história por ter chegado a final do estadual pela primeira vez. Os 46 mil tricolores presentes no estádio do Arruda viram Anderson Aquino balançar as redes, aos 24 minutos do segundo tempo, e soltaram o grito de campeão, momentos antes do apito final.

Além da vitória do Santa por 1 x 0 e o faturamento do 28º título pernambucano, o tabu de um ano sem vencer o Carcará se encerrou na tarde deste domingo (3). O último resultado favorável havia acontecido no dia 9 de março de 2014, na goleada histórica por 7 x 0, pelo hexagonal do título daquela ocasião.

Foi difícil a torcida coral controlar a euforia durante os 90 minutos e em alguns momentos um verdadeiro “teste pra cardíaco”. Mas quando o árbitro soou o apito final, os torcedores presentes nas arquibancadas do José do Rego Maciel, completamente tomadas, soltaram o grito de campeão.

O TIME – Era decisão, um dos motivos para o técnico Ricardinho não adiantar a escalação do Santa Cruz. Em contrapartida, suas palavras deixaram claro que a base da equipe seria mantida, ou seja, poucas mudanças poderiam acontecer. Uma dúvida era se Tiago Costa teria condições de jogo já que, após exame de imagem, um pequeno edema na coxa foi detectado.

Pouco antes da bola rolar, a escalação foi confirmada com duas  mudanças: Edson Sitta na vaga de Bileu e Anderson Aquino no lugar de Guilherme Biteco. Sendo assim, a equipe titular ficou com Fred; Nininho, Alemão, Danny Morais e Renatinho; Edson Sitta, Bruninho, João Paulo e Guilherme Biteco; Anderson Aquino e Betinho.

O JOGO – As duas equipes precisavam vencer para conquistar o título pernambucano. O Salgueiro bateu o centro e logo nos primeiros movimentos o jogo esquentou. Aos 2 minutos, o zagueiro Ranieri e o atacante Betinho se estranharam e o árbitro teve que esfriar os ânimos. Não demorou muito e o Santa teve uma chance clara de abrir o placar no Arruda. O volante Bruninho aproveitou o rebote, após cobrança de escanteio, e finalizou no canto esquerdo do goleiro Luciano, que apenas torceu para a bola não entrar.

Para furar a retranca do Salgueiro, o Santa contava com o 12º jogador: a torcida coral, presente em grande número nas arquibancadas do Arruda.  Os jogadores mostravam muita ansiedade para balançar as redes e essa fator atrapalhou bastante nos 15 minutos iniciais. A equipe de Sérgio China apenas marcava forte, atrás do meio de campo, e não conseguia construir uma jogada ofensiva.

Com certa dificuldade para penetrar na defensiva do Carcará, o volante Edson Sitta mandou um foguete de fora da área e a bola saiu por cima do gol de Luciano. Aos 18 minutos foi a vez de João Paulo tentar de longe. O meia chutou e o camisa 1 do Salgueiro espalmou para afastar o perigo.

O mais complicado era encontrar uma brecha para destruir a “barreira” do adversário, que esperava um erro do Santa Cruz para contra-atacar. Nas dependências do José do Rego Maciel, os torcedores apresentavam um semblante de preocupação com o placar de 0 a 0. Dentro de campo, um jogo bem truncado e com raras oportunidades de ataque.

A situação não estava fácil para a equipe do técnico Ricardinho, que parecia calmo na beira do gramado. Aos 32 minutos, o atacante Betinho aproveitou a cobrança de escanteio e cabeceou para fora. Uma bola parada ou um arremate de longe poderia fazer a diferença para ambos os times.

Ninguém conseguia trocar dez passes, mas aos 35 minutos o Santa desperdiçou uma ótima chance. Depois da boa trama de Bruninho com Emerson Santos, o meia finalizou com precisão e o goleiro Luciano fez uma bela defesa. O cronômetro marcava 42 minutos, quando o Salgueiro teve a primeira oportunidade no jogo. Após cruzamento, Rogério Paraíba mandou, de cabeça, por cima do gol de Fred. Os nervos estavam a flor da pele, mas o zero persistiu no placar até o final da etapa inicial.

SEGUNDO TEMPO – Os últimos 45 minutos do Campeonato Pernambucano 2015. Era o que restava para Santa Cruz e Salgueiro tentar sair de campo com a vitória e conquistar o título estadual. O técnico Ricardinho decidiu voltar com a mesma equipe da primeira parte.

Ao tirar o centro, o Santa começou atacando com Tiago Costa, que chutou cruzado e o goleiro Luciano defendeu facilmente. A tática do Salgueiro não mudou nada. O time comandado por Sérgo China espereva um erro para surpreender. Além do mais, fazia a famosa cera para tirar a paciência do torcedor coral. Aos 8 minutos, Anderson Aquino passou pelo marcador, mas finalizou muito mal.

O tempo passava e o desespero aumentava no Arruda. A cada erro, os torcedores olhavam para o relógio. Aos 12 minutos, os torcedores pediram Renatinho e o técnico coral atendeu ao pedido. O meia entrou no lugar de Emerson Santos, que recebeu um misto de vaias e aplausos. O Santa tinha como obstáculo aguentar o anti-jogo do Carcará.

Aos 24 minutos, a torcida presente nas arquibancadas do Arruda respirou aliviada. A dificuldade para entrar na zaga do Salgueiro foi quebrada após um chute de fora da área. João Paulo e Anderson Aquino fizeram uma linda jogada, tabelaram com eficiência e o atacante bateu rasteiro no canto esquerdo do goleiro Luciano, que tentou chegar no lance, mas a bola já estava no fundo das redes.

Atrás no placar, a tendência era o Salgueiro correr atrás do prejuízo e buscar pelo menos um empate para decicir a taça nos pênaltis. Mas o Santa Cruz tinha um “reforço” nos degraus do Mundão do Arruda, que estava em festa deliriando a vantagem. O marcador cravava 31 minutos, quando Nininho arriscou de fora de área e a bola passou perto do gol do camisa 1 do Carcará.

Ricardinho estava agitado na área técnica, pedindo aos seus comandados que tocassem a bola para administrar o placar de 1 a 0. Os jogadores seguiam o conselho do treinador, mas estavam atentos na defensiva, até porque qualquer empate levaria a decisão para as penalidades.

Apesar dos últimos minutos serem dramáticos, o Santa Cruz jogou com inteligência e segurou o placar mínimo até o apito final. Com isso, a Torcida Mais Apaixonada do Brasil soltou o grito de campeão e comemorou bastante o 28º estadual do clube, o quarto em cinco anos.

 

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