Essa técnica é usada para atrair os clientes para as lojas, visto que as flores frescas despertam nos consumidores o desejo de gastar.
COMÉRCIOPor Bruna Machado Publicado em 14 jul, 2022 Last updated 14 jul, 2022
Das diversas técnicas que uma loja utiliza para chamar clientes para seu interior, as flores talvez estejam entre as mais sutis. Muitos utilizam manequins, cartazes, vitrines chamativas, entre outras opções, mas as flores estão presentes em muitas delas.
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Em Nova York, por exemplo, a maioria das grandes lojas apresentam flores como forma de chamar atenção de seu cliente, e sempre com buquês encantadores, grandes e brilhantes. Isso faz parte de uma estratégia de marketing.
Segundo Paco Underhill, que é fundador e CEO da empresa de consultoria e pesquisa comportamental Envirosell, o segredo é aguçar o nariz e as glândulas salivares dos clientes, para que assim eles se tornem menos disciplinados na hora das compras.https://googleads.g.doubleclick.net/pagead/ads?client=ca-
Nesse cenário, as flores frescas despertam nos consumidores o desejo de gastar, pois, quando eles se aproximam e sentem o cheiro delicioso das flores, acreditam que no interior do estabelecimento é possível encontrar mercadorias muito boas.
“Você está sinalizando frescor, está sinalizando ‘natural’… todas as coisas boas que tornam a comida boa”, explicou Ashwani Monga, que é professor de marketing da Rutgers Business School. Também segundo ele, as pessoas associam as flores frescas a produtos frescos vendidos pelo local, como se fosse impossível vender coisas velhas ali.
Essa é só mais uma das influências psicológicas que os estabelecimentos fazem para que os clientes gastem mais dinheiro, e se chama efeito de atribuição incorreta, que é quando o consumidor está de bom humor – por sentir um cheiro bom, ouvir uma música agradável – e acaba desembolsando mais.
Em 2019, algumas lojas relataram um ótimo lucro para venda de flores, chegando a uma margem bruta de 47% de flores cortadas, já que a maioria das lojas dos Estados Unidos adquirem flores da América do Sul, onde o custo é mais barato.
Na pandemia, a indústria de flores de corte teve os supermercados como maiores consumidores. “As pessoas tinham que ir aos supermercados como um dos poucos lugares que ainda podiam vir e fazer compras. Elas queriam coisas que pudessem lhes trazer um pouco de alegria, um pouco de diversão, um pouco de felicidade”, disse a diretora de flores da IFPA, Becky Roberts.
No momento, a inflação acabou recaindo sobre o valor das flores, mas Roberts espera que as vendas continuem fortes, pois é um luxo consideravelmente barato para se mimar, se formos considerar o valor de viagens e jantares, por exemplo.