10/03/2015 20h22 – Atualizado em 10/03/2015 20h22
Profissional usava uma pistola neste hospital e não estaria acostumado.
Ele ficará trabalhando na administração, informa major da Polícia Militar.
Hospital Regional do Agreste, em Caruaru, Pernambuco (Foto: Reprodução/ TV Asa Branca)
O policial militar que fez um disparo e feriu duas pessoas no Hospital Regional do Agreste (HRA), em Caruaru, Pernambuco, usava uma pistola e não estaria acostumado a ela, e sim ao uso de revólver, de acordo com o delegado Ícaro Schneider, responsável pelo caso. O tiro teria saído acidentalmente quando ele guardava a arma, portanto, o profissional “assinou um termo de representação de lesão corporal culposa [quando não há intenção], visto que ele agiu com imperícia, imprudência no manuseio”, conta este chefe de polícia.
As vítimas, que têm 18 e 28 anos, passavam pelo local no momento e foram atingidas de raspão na clavícula e no braço, respectivamente, segundo a assessoria de imprensa do HRA. O delegado contou que elas também estiveram na delegacia e deram informações sobre o acontecido. Diante dos fatos, para Schneider, “nada que o policial fez é suficiente para que o tire das ruas. Em relação à administração do servidor, isso cabe à Polícia Militar”.
O major Fábio Souza, do 4º Batalhão da PM, comunica que “o policial, no primeiro momento, foi substituído do local – até para preservar a própria imagem dele – e vai responder a um inquérito policial militar”. A apuração do fato deve durar 30 dias e pode ser prorrogado por mais 20. “As vítimas já foram ouvidas aqui no batalhão e isso será o inicial do procedimento”, diz Souza. Também segundo este oficial, o profissional foi ouvido e deve ficar trabalhando na área administrativa.
Entenda o caso
O disparo aconteceu nesta terça-feira (10) dentro do HRA, próximo ao setor de ortopedia. A assessoria de imprensa da unidade comunicou que as vítimas são acompanhantes de pacientes, foram atendidas e passam bem. Elas já receberam alta. “Não se sabe ainda o motivo do policial estar manuseando a arma, que foi disparada de forma acidental. (…) À diretoria do HRA cabe comunicar o caso para a Secretaria Estadual de Saúde”, ressaltou o departamento.