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Veja vídeos da entrevista com uma das primeiras mulheres que contribuiu para que Pesqueira ficasse conhecida internacionalmente através de um “Produto Artesanal”!

Ela é uma das mães desta Arte, que atrai centenas de turistas para Pesqueira!

               Muitas mulheres ajudaram a elevar o nome de nossa Cidade, porém, neste texto nos limitamos a citar apenas duas destas que são ícones muito importantes pertencentes a História do Progresso de Pesqueira. Pois, estas duas, em tempos distintos, contribuíram de forma significativa para tornar Pesqueira Famosa no Exterior. Uma, infelizmente, não tivemos o prazer de conhecê-la pessoalmente (só conhecemos através dos livros), a nossa querida Srª Maria da Conceição Cavalcanti de Britto, mais conhecida por Dona Yayá (Considerada uma mulher avançada para seu tempo, ela começou com uma panelinha de doces em casa e iniciou a venda, destes doces, entre amigos e familiares. Em 1904, comprou tachos a vapor de fabricação inglesa e mecanizou a produção, contratando centenas de operários, ou seja, esta mulher foi a criadora da primeira fábrica de alimentos do Brasil “Fábricas Peixe”). Já a segunda mulher é uma das responsáveis pela popularização de um produto artesanal muito conhecido e que nunca caiu da moda, a Renascença. Esta Deus nos deu o privilégio de conhecer e ainda de entrevistá-la. Na ocasião desta entrevista, ela nos contou como a Renascença começou em Poção e aqui em Pesqueira. Portanto, você saberá agora de alguns detalhes sobre a vida profissional desta senhora e entenderá como ela contribuiu e porque ela ainda contribuiu, para todo este sucesso que fez e faz a nossa Renascença, tanto no Brasil como em outros países.

          Ela aprendeu tudo em Poção conheceu a Maria Pastora (a primeira Rendeira de Poção) e aprendeu tudo com “Dona Lala” (Elza Medeiros), que era amiga da Maria Pastora e passou a ser a empreendedora do ramo em poção naquela época. Dona Lala neste tempo tinha várias moças que aprendiam e trabalhavam na produção de rendas para ela. Para termos uma ideia, uma cocha de renascença, rendia para as funcionárias, em dinheiro, o valor de 60 (mireis). Em pouco tempo a Dona Lala arrumou um namorado e, como não era do agrado da sua família ela foi embora com o noivo para sempre. Posteriormente, apareceu também em Poção, outra rendeira chamada de Maria Amélia que contratou uma das rendeiras locais, a Srª Nilda Calado, montando outro grupo de moças e surgindo assim a primeira concorrência no ramo. Esta “concorrência” por sinal, só veio a somar e a contribuir com os conhecimentos, compartilhando novas ideias e aumentando produção de Renda na cidade de Poção (porque a Srª Amélia era uma paulista que trocava ideias e trouxe novidades que foram somadas as já conhecidas na Região). Com o tempo a nossa Dona Odete, após ter trabalhado anos atendendo as encomendas de Dona Aurea Jatobá (de Pesqueira) resolveu vim morar em Pesqueira, onde montou o seu próprio grupo, e passou a ensinar a muita gente. O prefeito (Luiz Neves) vendo o seu potencial abriu uma vaga para ela na Prefeitura, só para esta finalidade, ensinar as moças da cidade a fazer Renascença. Assim, Dona Odete passou 27 anos neste Trabalho Municipal.

              Hoje Dona Odete Maciel já está com 82 aninhos e ainda faz renascença e negocia com o produto. Dona Odete nos deu esta entrevista, próxima a sua casa e bem pertinho do horário de almoço, ali na mais bem conceituada Pizzaria de nossa Cidade, a Pizzaria e Restaurante Giovanna. A entrevista foi de surpresa e improviso (como é o nosso estilo) e, na ocasião, Dona Odete nos falou que sempre tem, em casa, Renascença para vender e acrescentou que ainda faz muita Renascença, ou seja, esta é a sua maior diversão (muitas vezes ela deixa de ir a uma festa para ficar fazendo Renascença, em sua sala). Porém, segundo ela, a Renda não deixa muito lucro, porque, hoje em dia, o material está muito caro e, devido a isto, o produto de sua arte se torna mais caro e pouca gente está comprando. No final da nossa conversa, Dona Odete, que é muito simpática, nos passou até dois “remédios”, que não vendem nas farmácias, para dores nos ossos. Lembrando que apesar de dona Odete saber da “cura da chikungunya e da bursite”, o forte de dona Odete é mesmo a Renascença.

Saiba tudo aqui nestes vídeos!

Francisco Mendes Galindo/pesueirafuxico.com, 12/02/2017.

 

1ª Parte:

2ª parte:

FINAL DA CONVERSA:

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