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Poesia do pesqueirenses Diosmam Avelino: A droga tá destruindo Matando gente demais

Eu quero testemunhar
Toda a minha trajetória
Vou contar a minha história
Seu moço eu vou contar
Comecei a desandar
Antes de ficar rapaz
Por obra do satanás
Nas drogas eu fui caindo
A droga tá destruindo
Matando gente demais

Eu ainda era menino
Tinha apenas treze anos
Eu caí nos desenganos
Fui mudando o meu destino
Fui meu próprio assassino
Desobedecendo os pais
Pelos desejos carnais
Muitas drogas consumindo
A droga tá destruindo
Matando gente demais

No começo foi prazer
Eu usei para provar
Mas aos poucos sem notar
Não pude mais me conter
Sem forças para deter
Eu usava mais e mais
Vendia meus pessoais
E assim fui prosseguindo
A droga tá destruindo
Matando gente demais

Os meus pais até tentaram
Me tirar desse buraco
Mas eu viciado e fraco
Não ouvi o que falaram
As drogas me colocaram
Nos caminhos infernais
Para ser um incapaz
E viver sempre mentindo
A droga tá destruindo
Matando gente demais

Cada vez mais viciado
Sem nenhuma condição
Entrava em aflição
Ficava descontrolado
Roubava qualquer trocado
Para aliviar meus ais
O vício era voraz
Meu inferno era infindo
A droga tá destruindo
Matando gente demais

Quantas vezes me peguei
Alucinado e chorando
Bebendo álcool e fumando
Tantas dores eu passei
Muitas vezes apanhei
Nas mãos dos policiais
É verdade e, aliás,
O cacete era tinindo
A droga tá destruindo
Matando gente demais

Perdi minha adolescência
Mocidade e juventude
Perdi tudo quanto eu pude
Perdi minha consciência
Procurei sobrevivência
Tirei minha própria paz
Fiquei preso aos currais
Onde o mal está agindo
A droga tá destruindo
Matando gente demais

Famílias são destruídas
Por esse mal desgraçado
A droga tem acabado
Destruído muitas vidas
Hoje carrego feridas
Que não vão curar jamais
Não posso voltar atrás
Mas estou me prevenindo
A droga tá destruindo
Matando gente demais

Quem entra nesse caminho
Vai andar em linhas tortas
São tantas pessoas mortas
Feridas por esse espinho
Eu andei no desalinho
Perdido com outros tais
Tratados como animais
Com o mal nos possuindo
A droga tá destruindo
Matando gente demais

Tive sorte muita sorte
Consegui me libertar
Eu parei de me drogar
Da fraqueza me fiz forte
Escapei da triste morte
Do mundo dos imortais
As forças celestiais
Aos poucos foi intervindo
A droga tá destruindo
Matando gente demais

Diosmam Avelino- 03- 11- 2019

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