Home / Destaque / Acusado de matar ex-namorada na saída de show é condenado a 24 anos e seis meses de prisão

Acusado de matar ex-namorada na saída de show é condenado a 24 anos e seis meses de prisão

Jonata Verçosa foi a júri popular, em Olinda, por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, não dar chance de defesa à vítima, e feminicídio de Caroline Marry de Oliveira.

Por g1 PE

06/04/2022 18h07  Atualizado há 10 horas


Homem acusado de matar namorada na saída de show, em Olinda, é condenado há 24 anos

https://imasdk.googleapis.com/js/core/bridge3.509.0_pt_br.html#goog_13267276–:–/–:–

Homem acusado de matar namorada na saída de show, em Olinda, é condenado há 24 anoshttps://174032d0400fc7c00a39b15f30566ad0.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

O homem acusado de matar a ex-namorada na saída de um show, em Olinda, no Grande Recife, em 2016, foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão em regime fechado. A sentença de Jonata Verçosa de Lima saiu na tarde desta quarta (6), no fim do segundo dia do julgamento realizado na Vara do Tribunal do Júri da Capital (veja vídeo acima).

Jonata Verçosa foi acusado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, não dar chance de defesa à vítima, e feminicídio de Caroline Marry de Oliveira, que tinha 24 anos. Ele já cumpriu cinco anos de reclusão em regime fechado.https://174032d0400fc7c00a39b15f30566ad0.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Homem acusado de matar a namorada, em 2016, vai à juri popular

https://imasdk.googleapis.com/js/core/bridge3.509.0_pt_br.html#goog_13267278–:–/–:–

Homem acusado de matar a namorada, em 2016, vai à juri popular

De acordo com a Justiça, a sentença foi proferida após a decisão da maioria dos jurados. A defesa do condenado anunciou que vai recorrer. O julgamento foi presidido pela juíza Flávia Fabiane Nascimento Figueira (veja vídeo acima).

O julgamento teve início na terça (5). Nesta quarta, de acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o júri retomou os trabalhos por volta das 9h, com o MPPE apresentando a acusação e a defesa do réu apresentando sua tese logo em seguida (veja vídeo abaixo).

Julgamento de homem acusado de matar namorada entra no segundo dia

https://imasdk.googleapis.com/js/core/bridge3.509.0_pt_br.html#goog_13267280–:–/–:–

Julgamento de homem acusado de matar namorada entra no segundo diahttps://174032d0400fc7c00a39b15f30566ad0.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Em seguida, houve períodos reservados para a réplica do MPPE e tréplica da defesa, com 1 hora cada. Após os debates, o corpo de jurados se reuniu em uma sala reservada para deliberar sobre condenação do réu.

Defesa

Jonata Verçosa (de vermelho) foi condenado a 24 anos de prisão pela morte da ex-namorada, em Olinda, em 2016 — Foto: Luna Markman

Jonata Verçosa (de vermelho) foi condenado a 24 anos de prisão pela morte da ex-namorada, em Olinda, em 2016 — Foto: Luna Markman

Por meio de nota, os defensores de Jonata consideraram a decisão do júri como “absurda e injusta“. Por isso, os advogados Marcellus Ugiette, Diego Ugiette e Renata Melo apresentaram, ainda no plenário, um recurso de apelação, com fundamento no Código de Processo Penal (CPP).

Os defensores argumentam que “a decisão foi manifestamente contrária a provas dos e que a decisão merece ser reformada”.https://174032d0400fc7c00a39b15f30566ad0.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Ainda de acordo com os advogados, o réu foi condenado “sem qualquer prova nos autos” que identificasse ele como autor do crime e “somente porque a vítima era uma mulher e o estado tinha que dar uma satisfação à sociedade de qualquer forma”.

Investigação e reviravolta

O caso, tratado inicialmente como roubo seguido de morte, teve uma reviravolta meses depois, quando a investigação apontou que se tratava de assassinato. Segundo a investigação, ele não aceitava o fim do relacionamento.

De acordo com a promotora do caso, Carolina Jucá, não há dúvidas de que o homem cometeu o crime.

Caroline Marry de Oliveira, 24 anos, foi vítima de latrocínio quando deixava show, no Recife — Foto: Reprodução / TV Globo

Caroline Marry de Oliveira, 24 anos, foi vítima de latrocínio quando deixava show, no Recife — Foto: Reprodução / TV Globo https://174032d0400fc7c00a39b15f30566ad0.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

crime aconteceu na madrugada de 23 de outubro de 2016. Na época, Jonata Verçosa de Lima disse para a polícia que foi abordado por um homem quando saía do estacionamento da antiga Fábrica Tacaruna, durante o Festeja Recife.

Ainda no relato aos policiais, ele teria dito que o carro, que era automático, se movimentou durante a abordagem do criminoso, que teria, então, atirado.

Caroline, no entanto, só teria percebido que foi alvejada depois. Ela foi levada para o Hospital da Restauração, no bairro do Derby, no Recife, mas não resistiu ao ferimento.

A reviravolta no caso aconteceu dois meses depois do crime, em dezembro de 2016, quando o réu, na época com 32 anos, foi apontado como principal suspeito de matar a estudante.

Segundo a delegada do caso, Jonata contou cinco versões diferentes do crime. Em uma delas, ele afirmou que teria estacionado o carro na Rua Severino Pereira e que foi andando até o Centro de Convenções para a festa – diferente da versão dada sobre estar saindo do estacionamento na Fábrica Tacaruna.

Casal deixava o estacionamento da antiga Fábrica Tacaruna de carro, quando foi abordado por homem armado — Foto: Reprodução/TV Globo

Casal deixava o estacionamento da antiga Fábrica Tacaruna de carro, quando foi abordado por homem armado — Foto: Reprodução/TV Globohttps://174032d0400fc7c00a39b15f30566ad0.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

No entanto, quando a polícia verificou as câmeras, constatou a mentira. Ainda de acordo com a investigação, no dia seguinte ao crime, o acusado foi aos estabelecimentos próximos e tentou pegar as imagens das câmeras de segurança. Ao não conseguir, fez ameaças.

Após as versões diferentes, quando saiu o resultado da perícia, ficou constatado que o disparo que matou Carolina foi feito dentro do veículo.

Depoimentos de amigas da jovem ajudaram a Polícia Civil a montar o quebra-cabeça do caso. Elas relataram que os dois já tinham terminado o relacionamento e que Caroline não queria ir ao show, mas acabou cedendo porque ele insistiu. Além disso, a polícia descobriu que Jonata tinha sido preso por porte ilegal de arma em 2015.

Deixe seu Comentário

Your email address will not be published. Required fields are marked *

*

Scroll To Top