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Empreendedorismo em Tempos de Crise (Por Gilson Lira,um pesqueirense graduado em Marketing)

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Por: Patricio Cortés D. – Diretor Executivo do Centro de Emprendimento e Innovación da Universidad del Desarrollo, do Chile em 13/05/2013 11:38

Categoria: Empreendendorismo

As crises sempre são fontes de oportunidades, é a frase que mais se repete quando estamos em meio a uma. E, é claro, o mundo sempre pode ser dividido em otimistas e pessimistas. Entre os que veem o copo meio cheio ou meio vazio. Isso é um fato. Mas, o que há de verdadeiro nessa afirmação? Há oportunidades nas crises? Ou a frase se refere ao fato de que aqueles que não estão em crise podem comprar barato dos que a estão vivendo? Não há dúvida de que estas oportunidades existem. Mas, do ponto de vista do empreendedorismo, nos referimos sempre àquelas que permitem formar um negócio que possa – por si mesmo – sustentar-se no tempo. E aqui temos três fenômenos. O primeiro é o empreendedorismo por necessidade. Esse dos anos 80 de que todos os que dançamos ao som de Gloria Gaynor nos lembramos. O da mulher que tem que apoiar o marido. O do empregado que ficou sem trabalho, mas que não desiste, e que depois de procurar sem sucesso decide montar um pequeno negócio. Mas que na primeira oportunidade de ter um emprego estável, deixa de ser empresário e se torna de novo empregado. E o faz feliz. Estas oportunidades sempre existem. Muitas. E são mais comuns em tempos de crise. E diz tanto da flexibilidade (e não do desejo) das pessoas para adaptar-se, como também da falta de flexibilidade dos mercados de trabalho, que os obriga a aproveitar estas oportunidades. O segundo tipo é o empreendedorismo por oportunidade. Aquele que responde a uma oportunidade de negócio real e estável no tempo. O tipo de oportunidade daquele que quer ser empresário e continua sendo-o ainda que lhe ofereçam um trabalho. O empresário com vocação. Este é o que nos interessa. E é claro que ele existe. O que acontece é que durante as crises as oportunidades mudam de forma. Quando a economia vai bem, os produtos estrelas são os de luxo. Como os produtos gourmet: o patê de azeitona, o queijo azul (que antes conhecíamos como roquefort), o pão com ervas, etc. Tudo isso agora é supérfluo, porque é necessário economizar. Ou, pelo menos, ser prudentes. O que acontece é que as oportunidades surgem nos produtos de baixo preço. Esses que antes eram esquecidos por serem pouco glamorosos e que agora serão relembrados. De um dia para o outro vocês vão se lembrar de que os presentes de aniversário devem ser significativos pelo que representam e não pelo seu valor. Ou que a margarina é tão saborosa quanto a manteiga. E não tem colesterol. A terceira alternativa é provavelmente a que deu origem à lenda. A de que em tempos de crise muitos ativos baixam de preço. E de que muitos destes são essenciais para os negócios. O exemplo mais simples é a possibilidade de negociar o arrendamento, e inclusive o preço dos insumos. Muitas vezes isto é feito sob a forma de um desconto ou um pagamento em parcelas sem juros. Tudo isto oferece a possibilidade de capitalizar uma empresa aproveitando o desconto. O que não se poderia conseguir numa situação de crescimento econômico. Mas isto ainda parece simples. Por isso, talvez o melhor exemplo seja um que ouvi de um dos maiores empresários do Chile hoje em dia. Ele – e seu sócio e amigo – eram altos executivos de uma grande empresa que entrou em crise na depressão dos anos 80. Ficaram sem trabalho e endividados para o resto da vida. Mas tinham sua inteligência e o conhecimento do mercado. E seu empreendedorismo. Decidiram propor ao banco que trocasse a dívida que eles tinham por ações de uma empresa que eles sabiam que estava subvalorizada. Algo, no mínimo, audaz. Convenceram o presidente do banco a emprestar-lhes mais dinheiro e a comprar uma porcentagem que lhes permitiu modernizar a empresa, pagar suas dívidas e estabelecer as bases de sua atual riqueza. Tudo isto sem capital; pelo contrário, com dívidas.

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