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Mais detalhes do acidente com Eduardo Campos.

Restos mortais de Eduardo Campos e mais 6 vítimas devem chegar hoje a São Paulo

PSB/Divulgação
Eduardo Campos era candidato à Presidência pelo PSB; selou aliança com a ex-senadora Marina Silva, vice em sua chapa na corrida ao Palácio do Planalto
Divulgação
Aeronave caiu em uma área residencial de Santos, no Litoral Paulista

Os restos mortais do candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, 49 anos, chegarão na noite desta quarta-feira (13) na unidade do Instituto Médico Legal (IML) na rua Teodoro Sampaio, no bairro Pinheiros, em São Paulo. As causas do acidente ainda não foram confirmadas pela Aeronáutica. O avião Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, voava do aeroporto Santos Dumont, no Rio, para a base aérea do Guarujá (SP). Campos teria três compromissos de campanha em Santos.

Também são esperados os restos mortais das outras vítimas do acidente aéreo que matou o presidenciável e outras seis pessoas em Santos, no litoral sul de São Paulo. Mais cinco pessoas que estavam em solo ficaram feridas e foram levadas para hospitais de Santos.

Ainda não há previsão da hora em que os corpos vão chegar, mas a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que eles já estão a caminho. As polícias Militar e Civil já prepararam um forte esquema de segurança no local.

A equipe de peritos encontrou duas caixas-pretas do avião. Elas foram encontradas pelas equipes que trabalham no local e encaminhadas para perícia na Aeronáutica, segundo o delegado da Polícia Civil Aldo Galiano.

O capitão Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros, disse que a corporação enfrenta dificuldades para encontrar os corpos das sete vítimas que estavam no jatinho.

“A situação é muito preocupante”, disse Palumbo, porque os destroços se espalharam por seis imóveis. “Tem uma turbina no jardim de uma casa e a outra atingiu o segundo andar do edifício”, disse.

A equipe de resgate foi dividida em quatro grupos para dar conta de toda a área, e um cão farejador da corporação foi trazido de São Paulo para ajudar nas buscas. Com o impacto da queda do jatinho, os corpos das vítimas foram mutilados.

O capitão descartou a possibilidade de choque com outra aeronave, como foi aventado no início da tarde. Segundo ele, foram encontrados destroços apenas do jatinho.

OUTROS SEIS MORTOS

Além do presidenciável Eduardo Campos (PSB), outras seis pessoas morreram no acidente aéreo na manhã desta quarta-feira (13), em Santos, litoral sul de São Paulo, segundo a Aeronáutica. Confira breves perfis dos ocupantes que pertenciam à equipe de Campos e os pilotos.

Alexandre Severo Gomes da Silva: Fotógrafo desde 2002, Severo, 36 anos, era pernambucano radicado em São Paulo e estava trabalhando na campanha de Campos. Antes, atuou como fotógrafo do “Jornal do Commercio”, em Pernambuco, e notabilizou-se pelo ensaio “À Flor da Pele”, em que retratou albinos em famílias negras. Chegou a publicar fotos na revista “Time”.

Carlos Augusto Ramos Leal Filho (conhecido como Carlos Percol): Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco, Percol, 36 anos, era assessor de imprensa de Eduardo Campos e trabalhou com ele desde 2006, quando o político era governador do Estado. Casou-se em abril deste ano, com Cecília Ramos – Campos, ao lado da esposa Renata, foi um dos padrinhos da cerimônia.

Marcelo de Oliveira Lyra: Fotógrafo e cinegrafista profissional desde 2000, Lyra morava no Recife, era casado e tinha um filho recém-nascido. Fundador da agência Olhonu, registrou desde cenas do sertão pernambucano e ensaios de moda a propagandas de televisão. Seu hobby favorito era andar de skate.

Pedro Almeida Valadares Neto: Advogado e ex-deputado federal por Sergipe, Pedrinho Valadares – como era conhecido – 48 anos, era casado com a promotora de Justiça do Maranhão Simone Valadares e tinha três filhos. Atualmente filiado ao PV, trabalhava como assessor de Campos durante a campanha presidencial.

Geraldo Magela Barbosa da Cunha: Piloto, ele tinha 45 anos e há mais de 20 anos era piloto de aeronaves. Segundo a família, ele já tinha acumulado mais de 4 mil horas de voo. Desde junho deste ano, trabalhava dedicado à campanha de Eduardo Campos à Presidência. A mulher de Geraldo, Joseline Amaral da Cunha, está grávida de sete meses e se encontra nos Estados Unidos, fazendo compras para o bebê. O casal ainda tem um filho de três anos.

Marcos Martins:  Piloto, ele era natural de Castelo Branco (PR) e vivia em São Paulo. Tinha 42 anos e exercia a profissão há aproximadamente 15 anos. Era casado com Flávia Vargas Martins, de 32 anos, e deixou dois filhos, um de 7 anos e outro de 2, de acordo com a sogra Lourdes Vargas.

BOLA DE FOGO

Moradores da rua onde caiu o avião que levava Eduardo Campos (PSB), em Santos (SP), contaram que o jatinho estava em chamas antes mesmo de cair.

“Vi uma bola de fogo cair sobre as casas”, afirmou o aposentado Rosário Masullo, 54 anos, que mora no prédio ao lado do que foi atingido.

O aposentado estava indo à feira quando viu uma “bola de fogo” cruzar o ar até cair sobre o prédio. “Voltei correndo para ver como estava minha família”, disse.

No apartamento dele, estavam a mulher e dois filhos, além de dois cachorros. Ninguém ficou ferido. A família contou ter ouvido um estrondo, sem saber do que se tratava.

O aposentado Davi Teixeira Gomes, 92 anos, e seu filho, o engenheiro mecânico Manuel Gomes da Silva, 63 anos, moram no prédio atingido pelo avião.

Eles estavam no carro, na rua onde moram, e ouviram uma vibração forte e um estrondo causado pelo impacto. “Quando olhamos para trás vimos o fogo da explosão”, disse Manuel, que na hora não entendeu o que tinha acontecido.

A corretora de seguros Daniela Yamasato, 40 anos, estava em casa no momento da queda e não viu o acidente, mas ouviu um barulho forte. “Já percebi que era um avião caindo muito perto”, disse. “Senti muito medo, não deu tempo nem de pensar direito”, contando que socorreu dois cachorros que saíram do prédio atingido.

COMPLEXIDADE

Segundo o capitão Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros, a atuação no resgate de restos mortais das vítima do acidente aéreo que matou o candidato a presidente pelo PSB Eduardo Campos, na cidade de Santos, é altamente complexa. Ainda de acordo com Palumbo, a identificação dos restos mortais só será possível por meio de DNA.

De acordo com ele, que já atuou em outros desastres aéreos, a configuração do acidente é ainda mais complexa do que o da TAM, em 2007, que matou 199 pessoas.

“Diferente da operação de resgate da TAM, hoje não há corpos para serem resgatados. Esse é um fato inédito para muitos dos bombeiros nessa operação. O grau de dificuldade da atuação é muito alto”, disse ele.

Quarenta e cinco bombeiros estão trabalhando com cães farejadores e aguardam a chegada de equipamentos especiais de São Paulo para facilitar as buscas pelos restos mortais. O local do acidente foi dividido em quatro quadrantes para facilitar as buscas.

Outra prioridade dos Bombeiros é a busca pela caixa-preta da aeronave, que deve auxiliar na investigação das causas do acidente. No início da tarde, os bombeiros auxiliaram agentes do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) que vistoriaram o local.

De acordo com os bombeiros, oito casas do local do acidente foram atingidas e ao menos duas correm o risco de desabarem enquanto os bombeiros trabalham.

Não estava no script, diz mulher de Campos ao receber parentes e amigos

Renata Campos, mulher de Eduardo Campos, procurou manter uma atitude de firmeza nesta quarta-feira (13) diante dos cinco filhos e das dezenas de familiares, políticos e amigos que durante o dia estiveram na casa da família, na zona norte do Recife. Os dois têm cinco filhos – Maria Eduarda, João Henrique, Pedro Henrique, José Henrique e Miguel, que nasceu no começo de 2014.

Pessoas que estiveram com ela dizem que Renata se mantinha serena – no início da noite, contudo, era possível vê-la pelo muro da casa com ar de choro.

“Não estava no script”, dizia Renata a quem a abraçava. “Ela estava firme recebendo as pessoas. Estava serena. Cumprimentei ela e pronto. Não adianta dizer muita coisa”, disse o advogado e servidor público Luiz Carlos Cordeiro, 70, vizinho de Campos.

Renata costumava acompanhar as viagens do marido, mas não embarcou com ele do Rio para Santos nesta quarta – suspeitava-se inicialmente que ela estivesse na aeronave. Foi ao Recife com o filho mais novo, Miguel, de seis meses, e o sobrinho Rodrigo Molina, ajudante de ordem de Campos que também costumava viajar com o candidato.

Campos e Renata eram vizinhos quando crianças. Começaram a namorar quando ele tinha 15 anos e ela, 13. Entre namoro e casamento, estavam juntos há mais de 30 anos. O ex-governador se referia a ela como “dona Renata”.

A exemplo do marido, é economista. Funcionária de carreira do Tribunal de Contas do Estado, licenciou-se em 2007, quando o marido assumiu o governo de Pernambuco e ela foi cedida à administração estadual.

Os jornalistas não tiveram acesso à casa da família, mas era possível ver a movimentação na área da piscina. À tarde, José, 9 anos, quarto filho do casal, estava cabisbaixo sentado no colo de um primo.

No início da noite, a ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes, mãe de Campos, chegou à casa sem dar entrevistas. Ela estava em Brasília, onde participava de uma cerimônia, quando foi informada sobre o acidente.

O irmão de Eduardo Campos, o advogado e escritor Antônio Campos, foi o único representante da família a falar com a imprensa.

“Perdi um irmão muito amado, um grande amigo. Falei com ele às 6h59. Ele estava feliz com a participação positiva no ‘Jornal Nacional’. Eduardo morreu no mesmo dia que meu avô (o ex-governador Miguel Arraes), há nove anos. Mas morreu lutando por seus ideais, pelo que ele acreditava”, afirmou.

O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, visitou a família nesta tarde. Ele esteve com Campos no último domingo (10), por ocasião do aniversário do ex-governador.

Ele disse ter sugerido à família a realização de uma missa campal em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco. Em caso de chuva, a cerimônia aconteceria na igreja da Madre de Deus, no centro do Recife.

Reprodução/Facebook
Campos ao lado da esposa Renata e dos filhos Maria Eduarda, João Henrique, Pedro Henrique, José Henrique e Miguel

TRAJETÓRIA

Natural do Recife, Campos era filho de Ana Arraes, ministra do TCU (Tribunal de Contas da União), e do escritor Maximiano Campos (1941-1998). Campos também era neto do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes (1916-2005).

Economista formado pela Universidade Federal de Pernambuco, Campos começou sua militância política como presidente do Diretório Acadêmico da faculdade de economia em 1985. Em 1990, Campos filiou-se ao PSB e conseguiu seu primeiro mandato como deputado estadual.

Em 1990, Campos filiou-se ao PSB e conseguiu seu primeiro mandato como deputado estadual. Quatro anos depois elegeu-se deputado federal, mas permaneceu no governo de Pernambuco durante a gestão do avô (1995-1998), como secretário de Governo e, em seguida, da Fazenda.

Eleito deputado federal em 1998 e 2002, Campos assumiu a presidência nacional do PSB em 2005. No ano seguinte, elegeu-se governador de Pernambuco. Ex-ministro de Ciência e Tecnologia do governo Lula, Campos rompeu a aliança com o PT da presidente Dilma Rousseff no final de 2013. Após o rompimento, Campos selou aliança com a ex-senadora Marina Silva, vice em sua chapa na corrida ao Palácio do Planalto.

ACIDENTE

A aeronave teria partido do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino a Santos (SP). O acidente aconteceu na rua Vahia de Abreu, no bairro do Boqueirão, região central de Santos.

A fiação de todas as vias da região foram desenergizadas para facilitar o trabalho de resgate e rescaldo do incêndio provocado pela queda do avião. A Secretaria Estadual da Saúde informou que o secretário da pasta, David Uip, também está indo para o local o acidente.

Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), perto das 9h50 o piloto da aeronave informou que tinha pouca visibilidade para pousar no Guarujá e arremeteu a aeronave. Logo após, a torre perdeu contato com o avião que tem capacidade para 12 pessoas, em configuração padrão.

O avião havia saído do Rio de Janeiro em um jatinho Cessna 560XL Citation às 9h30, com destino ao Guarujá, cidade vizinha de Santos no litoral paulista. Campos cumpriria agenda em Santos com sua candidata a vice, Marina Silva (PSB).

Segundo o presidente do PSB-SP, Márcio França, que aguardava Campos na base aérea do Guarujá, a aeronave arremeteu. “Perdemos contato com o avião depois disso”, afirmou França. Depois disso, durante cerca de uma hora, houve uma troca incessante de telefonemas entre integrantes da campanha, jornalistas e autoridades aeronáuticas para tentar localizar Campos.

Divulgação
Várias pessoas ficaram feridas em terra, mas não há informações sobre vítimas fatais em solo

Candidato morreu no mesmo dia que o avô, Miguel Arraes

Reprodução/Internet
Miguel Arraes, avô de Eduardo, morreu há 9 anos, em 13/8/2005
O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, morreu no mesmo dia que o seu avô e padrinho político, o também ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes (1916-2005).
Político com inclinações à esquerda, mas com boas relações com a oligarquia pernambucana, Arraes morreu aos 88 anos no final da manhã do dia 13 de agosto de 2005, num hospital do Recife, após dias internado. A causa de sua morte foi uma reincidente infecção generalizada.

Miguel Arraes, avô do político, foi eleito três vezes governador de Pernambuco. A primeira vitória, em 1963, terminou de forma abrupta e amarga no ano seguinte, quando foi preso e deposto pelos militares após o golpe de Estado de abril de 1964. Exilou-se na Argélia, onde viveria até 1979, quando retornou ao país após a promulgação da Lei da Anistia. Ele reelegeu-se novamente ao governo e foi também deputado federal.

Principal herdeiro político de Miguel Arras, o neto Eduardo Campos trilhou caminho semelhante. Foi deputado estadual e federal e elegeu-se governador de Pernambuco em 2006, sendo reeleito em 2010.
Na atual campanha, Eduardo Campos buscava pela primeira vez chegar ao Palácio do Planalto, posto que seu avô nunca disputou.

Corpo de Campos será enterrado no túmulo do avô, diz único irmão

O candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, será enterrado no mesmo túmulo do avô, o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes (1916-2005).

Segundo Antonio Campos, único irmão do político, o sepultamento acontecerá no cemitério de Santo Amaro, no centro do Recife, mas a data e a hora ainda não estão confirmadas.

Antonio Campos falou à imprensa diante da casa da família, na capital pernambucana. “Perdi um irmão muito amado, um grande amigo. Falei com ele às 6h59 (desta quarta). Ele estava feliz com a participação positiva no ‘Jornal Nacional'”, disse.

Nesta terça (12), Campos foi entrevistado ao vivo na bancada do telejornal da TV Globo. Ele viajava do Rio de Janeiro, onde ficam os estúdios da emissora, para Santos, onde teria compromissos de campanha.

Antonio lembrou ainda que Campos morreu no dia em que a morte de Arraes completou nove anos. “(Eduardo) Morreu lutando pelos seus ideais, pelo que ele acreditava. Ele deixa um legado de luta para melhorar, refletir o Brasil, e (para) o Brasil fazer uma reflexão sobre o destino do país”, afirmou.

Por volta das 16h, cerca de 50 jovens, amigos dos filhos de Campos, chegaram à residência para prestar solidariedade à família.

Dilma, FHC, Aécio e Alckmin lamentam morte de Campos

A presidente Dilma Rousseff publicou uma nota oficial nesta quarta-feira (13) em que lamenta a morte de Eduardo Campos, que era candidato à Presidência pelo PSB. Ela afirmou que o país inteiro está em luto e exaltou a carreira política do colega.

Dilma decretou luto oficial por três dias e suspendeu as atividades de sua campanha à reeleição pelo mesmo período. Todos os comitês de campanha ficarão fechados nos próximos dias.

“O Brasil inteiro está de luto. Perdemos hoje um grande brasileiro, Eduardo Campos. Perdemos um grande companheiro”, escreveu Dilma.

Dilma ressaltou Eduardo como uma grande liderança política e disse que “desde jovem, lutou o bom combate da política, como deputado federal, ministro e governador de Pernambuco, por duas vezes”. “Neto de Miguel Arraes, exemplo de democrata para a minha geração, Eduardo foi uma grande liderança política”, escreveu.

Dilma lembrou ainda a última vez em que encontrou Campos, no final de julho no enterro do escritor Ariano Suassuna, de quem Campos era amigo pessoal.

“Estivemos juntos, pela última vez, no enterro do nosso querido Ariano Suassuna. Conversamos como amigos. Sempre tivemos claro que nossas eventuais divergências políticas sempre seriam menores que o respeito mútuo característico de nossa convivência”, escreveu.

NOTA OFICIAL

“O Brasil inteiro está de luto. Perdemos hoje um grande brasileiro, Eduardo Campos. Perdemos um grande companheiro. Neto de Miguel Arraes, exemplo de democrata para a minha geração, Eduardo foi uma grande liderança política. Desde jovem, lutou o bom combate da política, como deputado federal, ministro e governador de Pernambuco, por duas vezes.

Tivemos Eduardo e eu uma longa convivência no governo Lula, nas campanhas de 2006, 2010 e durante o meu governo.

Estivemos juntos, pela última vez, no enterro do nosso querido Ariano Suassuna. Conversamos como amigos. Sempre tivemos claro que nossas eventuais divergências políticas sempre seriam menores que o respeito mútuo característico de nossa convivência.

Foi um pai e marido exemplar. Nesse momento de dor profunda, meus sentimentos estão com Renata, companheira de toda uma vida, e com os seus amados filhos. Estou tristíssima.

Minhas condolências aos familiares de todas as vítimas desta tragédia. Decretei luto oficial de 3 dias em homenagem à memória de Eduardo Campos. Determinei a suspensão da minha campanha por 3 dias.”  Dilma Rousseff”

FHC

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) classificou como um “choque para a República” a morte de Eduardo Campos. O tucano disse acreditar que Marina Silva será a substituta do pessebista na disputa.

“É um choque para a República. Uma perda grande. Era um líder jovem, um homem que abria esperança para o Brasil”, afirmou o ex-presidente em entrevista à TV Globo.

Questionado sobre o cenário político, FHC avaliou que Marina, hoje vice de Campos, assumirá a cabeça de chapa. “Acredito que sim. (…) É preciso ver como ela vai sensibilizar o eleitorado. Há uma parte muito reativa a ela e uma parte muito sensível.”

Para o ex-presidente, Marina tem divergências em alguns setores com o candidato do PSDB, Aécio Neves, que ele apoia. No entanto, “os dois se opõem ao que está acontecendo no Brasil”, afirmou numa referência ao governo Dilma Rousseff (PT).

Durante a entrevista, FHC lembrou jantar com Eduardo Campos antes do início da campanha. “Tivemos uma longa conversa e eu disse a ele que era importante renovar a política brasileira. Teria uma presença marcante para o futuro do Brasil.”

As posições políticas do PSDB e de Aécio não coincidem com as dela em alguns setores, mas os dois se setores se opõem ao que está acontecendo no Brasil.

ALCKMIN

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também lamentou na tarde desta quarta-feira (13) a morte de Campos. Alckmin abandonou agenda que cumpria pela manhã na capital paulista assim que soube do acidente. Ele foi para Santos, onde caiu o avião em que Campos estava.

Em entrevista por telefone à TV Globo, Alckmin disse que “o Brasil perde um jovem promissor, uma jovem liderança que teria muito a contribuir para o país. E eu, um amigo”, afirmou. O governador ainda definiu o acidente como uma “fatalidade”.

AÉCIO NEVES

O candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves, fez um pronunciamento no fim da tarde desta quarta-feira (13) em que disse que sua admiração por Eduardo Campos “não terminará com a sua morte trágica”.

Aécio era amigo de Eduardo e lembrou da convivência de mais de vinte anos com o ex-governador de Pernambuco. Ele relatou ter se lembrado hoje da última conversa que teve com Campos, no domingo (10), Dia dos pais.

Segundo ele, o pernambucano lhe enviou uma mensagem felicitando-o pela saída do filho mais novo de Aécio do hospital. O bebê nasceu prematuro e ficou internado por 65 dias.

“Perde a política, mas a sua família é que agora precisa das nossas orações, da nossa força”, disse. “Dói fundo no coração de todos nós”, acrescentou. Aécio falou em São Paulo, para onde viajou depois de receber a notícia da morte de Eduardo. Ele cancelou todos os seus compromissos de campanha e disse não ter data para retornar às atividades. Ele confirmou que irá ao velório do ex-governador de Pernambuco assim que a data for confirmada.

 fonte:

www.jcnet.

 

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