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Termina 1ª etapa da audiência sobre morte de promotor de Itaíba, em PE

24/03/2015 

Foram ouvidos a então noiva da vítima, Mysheva Martins, e o tio dela.
Justiça deve encerrar escuta das testemunhas de acusação nesta quarta.

Do G1 PE

O primeiro dia da audiência sobre o assassinato do promotor de Itaíba, Thiago Faria Soares, morto em 2013, no Agreste do estado, teve a escuta de duas vítimas: a então noiva do promotor, Mysheva Martins, e o tio dela, Adautivo Martins. Os dois sobreviveram à emboscada ocorrida na PE-300, entre os municípios de Itaíba e Águas Belas. Ainda nesta terça-feira (24) foram ouvidas cinco testemunhas de acusação: Numeriano Ferreira, Joana D’arc de Menezes, Cícero Lira da Silva, José Alonso Julião da Silva e José Edvaldo de Lima.

O pai de Mysheva Martins, Lourival Freira Ferrão Filho, não foi ouvido nesta terça porque o juiz preferiu deixar para a quarta (25) devido à duração do depoimento. Na sequência, será ouvido Alberto Guilherme Barbosa, que também é testemunha de acusação.

As ouvidas acontecem na sala de audiências da Justiça Federal, no bairro do Jiquiá, na Zona Oeste do Recife. A audiência deve seguir até a sexta-feira (27) e deve ouvir 50 depoimentos, além de interrogar quatro dos cinco réus, que se encontram presos no Centro de Triagem (Cotel), Abreu e Lima, Grande Recife. São eles: José Maria Pedro Rosendo Barbosa, José Maria Domingos Cavalcante, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva. O quinto réu, Antônio Cavalcante Filho, está foragido e, por isso, o processo dele foi desmembrado para não prejudicar o processo de investigação.

Entenda o caso
O crime ocorreu em 14 de outubro de 2013. O promotor foi morto quando seguia de Águas Belas para Itaíba, cidade onde trabalhava. A motivação, segundo a PF, envolveu uma disputa pelas terras da Fazenda Nova. O fazendeiro José Maria Barbosa perdeu a posse para a noiva do promotor, em um leilão da Justiça Federal, e teve que deixar o imóvel. Em entrevista exclusiva à TV Globo, na época do crime, o fazendeiro negou ter cometido o homicídio. A Polícia Civil, que iniciou as investigações, apontou que Barbosa teria contratado o cunhado, Edmacy Ubirajara, para matar Thiago Faria. Ubirajara chegou a ser preso, mas foi liberado.

A denúncia contra os cinco réus foi oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF). A Polícia Federal (PF) denunciou o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, 55, como o mandate do homicídio doloso, motivado por disputa de terras. Além dele, serão julgados, por participação no planejamento e execução do crime, José Maria Domingos Cavalcante, 55, Antônio Cavalcante Filho, 26, Adeíldo Ferreira dos Santos, 26, e José Marisvaldo Vitor da Silva, 42. Todos também vão responder pela tentativa de homicídio contra Misheva Freire Ferrão Martins, noiva do promotor na época, e Adautivo Martins, tio dela. Os dois estavam no mesmo veículo do promotor no dia do crime, mas não foram atingidos pelos disparos.

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