Home / Destaque / (Vídeo da entrevista com a licoreira MÁRCIA!) Assim como a ” Renda Renascença” foi aprendida em um Convento da Capital a fórmula do “Licor de Dona Mara” também foi repassada por uma religiosa do Convento dos Franciscanos!

(Vídeo da entrevista com a licoreira MÁRCIA!) Assim como a ” Renda Renascença” foi aprendida em um Convento da Capital a fórmula do “Licor de Dona Mara” também foi repassada por uma religiosa do Convento dos Franciscanos!

A Renda Renascença e os nossos Licores (para Pesqueira são dois produtos abençoados que elevam o nome da nossa Cidade, na propagação do Turismo). Hoje vamos conhecer um pouco sobre este segundo produto, O LICOR CASEIRO. 

A História dos Licores (por COLUNISTA PORTAL – EDUCAÇÃO)

Veja o que dizem as lendas sobre os licores!

Segundo Santos, “poção de amor para conquistar eternamente o ser amado, afrodisíaco, bálsamo, elixir da longa vida, beberagem misteriosa dos alquimistas, o licor tem uma história envolta em lendas de amor, de bruxas e magos.”

Uma lenda conta que o licor teria surgido devido ao desespero de uma jovem para conquistar seu amado. Depois de tentar de tudo, ela fez uma mistura de ervas e frutas e extraiu desta uma bebida de sabor inebriante. A lenda não diz se a jovem conseguiu ou não conquistar seu amado, mas, sem dúvida, inventou umas das bebidas mais gostosas do planeta.

Outra lenda diz que bruxas, do interior da Itália, adquiriam a aparência de belas jovens para preparar uma poção de frutas e ervas que tinha o poder de unir um casal de amantes por toda a eternidade

Mas na verdade veja como surgiram os licores!

No entanto, lendas e fantasias à parte, a versão mais plausível é de que os licores teriam surgido em xaropes e outras poções caseiras, destinadas a curar tosses, problemas de estômago e outros males pequenos. Os medicamentos caseiros seriam preparados, não por donzelas apaixonadas ou bruxas, mas, por mulheres comuns por meio de receitas que passavam de mães para filhas.

É fato que pensadores, como Hipócrates, Galeno e Plínio, já na Antiguidade, escreviam sobre a destilação de líquidos aromáticos. Porém, registros e utensílios, encontrados em sítios arqueológicos, comprovam que somente em 900 a.C. os povos árabes produziam álcool por meio da fermentação. Assim, além das propriedades terapêuticas, a bebida possuía também funções antissépticas.

“O licor, tal como o conhecemos hoje, só foi possível depois de o alquimista catalão Arnaud Villeneuve, em 1250, ter conseguido extrair os princípios aromáticos das ervas, deixando-as em maceração em álcool puro. Essa técnica de obter as essências das plantas – conservando todas as suas propriedades – foi de extrema importância no aperfeiçoamento do licor e de muitas outras bebidas ou medicamentos naturais.”

Arnaud registrou todos os seus estudos e pesquisas em um tratado sobre o álcool, onde divulgava receitas de licores curativos, o que quase lhe custou a vida. O pesquisador foi acusado de heresia e “conta a história que Villeneuve foi perseguido pela Inquisição por suas ideias avançadas, mas livrou-se da morte ao salvar a vida do Papa com um poção de vinho, ervas e ouro”.

Falando em Inquisição, foi justamente durante a Idade Média que as técnicas culinárias e de bebidas se desenvolveram. Todo o conhecimento aprisionado nos mosteiros fez com que os monges fossem os grandes responsáveis pelo surgimento de fórmulas magníficas, que se mantêm secretas até hoje. Licores como o Bénédictine, Chartreuse e o Amaretto são exemplos das deliciosas invenções da Idade Média.

Diante desta “História dos Licores” nós percebemos que a receita do Licor de Dona Mara é milenar e tudo indica que a fórmula chegou a Pesqueira por meio do Convento dos Franciscanos (Dos Monges Franciscanos). Veja o fechamento da História dos Licores e, logo em seguida conheça um pouco da História do Licor de dona Mara, que é um do mais tradicionais da nossa terrinha! 
Santos e Ribeiro explicam que “Aos monges, devemos a criação de maravilhosos licores, cujas fórmulas eram segredos encerrados entre as paredes dos mosteiros. Durantes mais de trezentos anos, depois da descoberta de Arnaud, os monges “monopolizaram” a fabricação de licores, deixando à posteridade algumas fórmulas, cujo segredo está até hoje rigorosamente guardado pela Ordem a qual pertencia o monge que as criou.”

No século XIX, a indústria de destilação avançou e, junto com ela, a fabricação de licores também se sofisticou. No entanto, o licor caseiro nunca perdeu seu glamour e seu espaço no mercado, principalmente, em cidades de interior com grande tradição gastronômica.

Agora vamos conhecer um pouco da história do licor de Dona Mara nesta pequena entrevista ( de 15 minutos) com a licoreira Márcia(filha da Saudosa dona Mara)!

Na tarde da quarta-feira (01), nós tivemos o privilégio de conversar com a Márcia Carneiro, que nos contou que a Dona Mara aprendeu o ofício de fazer licores com a senhora Nair da Casa São Francisco. Isto vem a provar que os grandes conhecimentos sobre este tipo de bebida é, realmente, uma receita milenar que veio sendo repassada dentro dos mosteiros.

A entrevistada Márcia é filha da saudosa dona Mara e das filhas ela foi a única que deu continuidade ao ofício de licoreira que aprendera da sua mãe. Marcia nos contou alguns segredos da sua receita, segundo ela o licor é coado por duas vezes em capuchos de algodão, gota a gota, como uma verdadeira filtragem e depois de prontos eles podem durar até seis meses sem perder o sabor original. Descobrimos também que dona “Mara” era mais conhecida por dona “Mariazinha” e que era a esposa do senhor Pedro Primo (um comerciante muito conhecido na Cidade). A simpática artesã Márcia nos informou que os licores são muito procurados pelas famílias que ganham bebês, ou seja, é uma tradição de quando nasce uma criança os pais servirem licores as visitas na Maternidade ou em Casa.

Os licores da Dona Mara realmente são muito deliciosos e conservam o sabor das frutas das quais são feitos. Se eu pudesse descrever (com palavras) eu diria que eles são como  um mel fino, não muito doce, mas, porém muito agradável ao paladar. Talvez por ser uma Bebida feita de forma artesanal e de difícil produção é algo que se serve em ocasiões especiais como o nascimento de um filho um encontro de amigos, uma visita ou em outras comemorações como em festas seletas.

Este tipo de licor também é muito procurado por pessoas que querem presentear a alguém, inclusive, a Márcia nos falou que muita gente vem comprar para presentear a seus Médicos e, geralmente, os doutores gostam tanto do presente que se tornam clientes dela. Na verdade, o Licor de dona Mara é muito conhecido pelos Turistas que vêm a Pesqueira, pois eles são os que mais compram o saboroso licor para tomar ou para presentear a seus familiares e a amigos.

A Márcia nos passou mais um detalhe de sua marca, nos disse que só vende no padrão de litro, nunca vendeu e nem vende em embalagens menores. Porém, apesar de ser uma bebida trabalhosa para ser destilada, chegamos à conclusão de que o licor é uma bebida de baixo custo, porque atualmente o litro deste Licor está sendo comercializado, atualmente, por apenas 25,00 (vinte e cinco reais), ou seja, do preço de uma garrafa de vinho em qualquer supermercado. Uma coisa é certa, o Licor de Dona Mara é irresistível, eu mesmo saí da Casa da Márcia com um de sabor de Menta nas mãos.

Desde já, eu adianto a todos aquele que desejarem conhecer, provar e comprar desta iguaria pesqueirense, que venha a Pesqueira ou a encomende a alguém que tenha nossa Cidade como destino de viagem. No entanto, a forma mais correta de se adquirir o licor é fazendo a encomenda antecipada, porque aqui, na Cidade, só se encontra este produto em três pontos comerciais e, geralmente, apenas em dois ou três sabores. Já fazendo a encomenda você terá a possibilidade de escolher uma variedade maior de sabores e se for uma boa quantidade poderá comprar direto da jovem Márcia por um preço especial de revenda.

Veja, em vídeo, a nossa conversa de improviso com esta divina artesã licoreira (a Márcia) que mantem a belíssima tradição dos licores de Dona Mara!

   FRANCISCO ENDES GALINDO/PESUEIRAFUXICO.COM,08/08/2018.

ENTREVISTA DE 15 MINUTOS:

 

 

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