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Zika vírus não impede aleitamento materno, afirma Secretaria de Saúde

04/12/2015 

Pasta ratificou comunicado emitido pela Fiocruz e outras entidades.
Documento frisa que não há evidências suficientes para modificar condutas.

Do G1 PE

Amamentação espírito santo (Foto: Divulgação/ Sesa)Comunicado visa acalmar mães com filhos
recém-nascidos (Foto: Divulgação/ Sesa)

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou na tarde de quinta-feira (3) sua posição oficial a respeito do aleitamento materno por mulheres com zika, após a suspeita de que o vírus pode ser transmitido por meio da amamentação. A SES informou que “ratifica” o comunicado publicado no dia anterior pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e pela Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano. O documento frisa que não há evidências suficientes para modificar as condutas adotadas atualmente a respeito do aleitamento materno.

Essa é a mesma posição adotada pela coordenadora do Banco de Leite Humano do  Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), Vilneide Braga. Segundo ela, o importante é acalmar as mães, esclarecer dúvidas e derrubar mitos sobre a questão. “Isso é uma conjectura, a possibilidade de transmissão pelo leite humano, mas, assim como outras doenças, é um risco muito menor. Assim como a partícula viral, o leite vem com o anticorpo que a mãe produziu. Se o bebê está num ambiente em que a mãe tem zika, ele também tem o risco, mas esse risco de pegar pelo leite é infinitamente menor do que ele pegar pelo mosquito”, explica.

Vilneide esclarece que o foco deve ser a transmissão intrauterina pelo zika, que é o que pode causar a microcefalia. “O problema mais sério é a aquisição do vírus durante a gravidez. Não temos por que desaconselhar o aleitamento materno. É que, como tudo é muito novo, as pessoas acabam fazendo terrorismo”, acalma a especialista.

O comunicado nacional, divulgado na última quarta-feira (2) e assinado pelo diretor do IFF, Carlos Maurício de Paulo Maciel, e pelo coordenador da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, João Aprígio Guerra de Almeida, vai no mesmo sentido: “À luz dos conhecimentos científicos atuais, não dispomos de evidências para alterar as condutas assistenciais e técnicas no que concerne ao aleitamento materno e aos Bancos de Leite Humano frente ao cenário epidemiológico do zika vírus”.

Serviço
Confira a lista dos bancos de leite pernambucanos

Hospital Agamenon Magalhães – 3184.1690
Hospital Barão de Lucena – 3184.6552
Hospital das Clínicas – 2126.3831
Centro Integrado de Saúde Amauri de Medeiros (Cisam) – 3182.7720
Maternidade Bandeira Filho – 3355.2235
Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (Imip) – 2122.4719 / 4103
Hospital De Ávila – 3117.5548
Hospital Jesus Nazareno/Caruaru – 3719.9338
Hospital Dom Malan/Petrolina – 87 3202.7000

Há, ainda, quatro postos de coleta de leite, localizados na Maternidade Arnaldo Marques (3355.1815), Maternidade Barros Lima (3355.2170), Uniame (3302.6261) e Hospital Memorial Guararapes (3461.5300). Esses recebem o leite e encaminham para um banco a fim de fazer as análises necessárias.

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