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Violentos terremotos no Japão provocam ondas de tsunami e deixam mortos

O governo informou que não foram detectadas consequências nas usinas nucleares do paísImagem do autorCadastrado por

01/01/2024

Foto aérea mostra edifícios em chamas na cidade de Wajima, depois que um grande terremoto atingiu o Japão
Foto aérea mostra edifícios em chamas na cidade de Wajima, depois que um grande terremoto atingiu o Japão – STR / Yomiuri Shimbun / AFP

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Violentos terremotos sacudiram nesta segunda-feira (1°) o centro do Japão, provocando importantes danos e tsunamis de mais de um metro de altura em algumas regiões, levando a população a fugir para terrenos mais altos.

Na madrugada desta terça-feira (tarde de segunda-feira no Brasil), as autoridades confirmaram a morte de quatro pessoas. O terremoto de magnitude 7,5 abalou a província de Ishikawa, localizada às margens do Mar do Japão, na principal ilha de Honshu, às 16H10 locais (04H10 no horário de Brasília), informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

As autoridades instaram a população a se abrigar diante do risco de ondas gigantes. “Estamos cientes de que suas casas e pertences são muito queridos para vocês, mas suas vidas são mais importantes do que qualquer outra coisa. Corram para as áreas mais altas possíveis”, fez um apelo um apresentador do canal NHK.Chama no Zap 👋🏻 Receba notícias na palma da sua mão.
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Pouco depois, as primeiras consequências começaram a ser sentidas nas costas. Ondas de 1,2 metro de altura atingiram o porto de Wajima, na península de Noto, às 16h21 (04h21 em Brasília).

A Agência Meteorológica japonesa (JMA) emitiu um alerta de tsunami com ondas que poderiam chegar aos cinco metros, mas posteriormente revisou-o para baixo.

O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacifco, com sede no Havaí, também informou algumas horas depois que o riesgo havia passado. “A ameaça de tsunami passou, em grande medida”, declarou a agência americana. Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ofereceu em comunicado “toda a ajuda necessária ao povo japonês”.

‘Situação horrível’

O ministro da Defesa, Minoru Kihara, informou que mil militares estão preparados para ir para a região e que outros 8.500 foram mobilizados. As autoridades também usaram 20 aviões militares para avaliar os danos.

A autoridade de trasnporte fechou as rodovias nas zonas próximas do epicentro e a Japan Railways anunciou que os trens de alta velocidade entre Tóquio e a Prefeitura de Ishikawa foram cancelados.

O governo informou que não foram detectadas consequências nas usinas nucleares do país. Em Ishikawa e nas vizinhas Toyama e Niigata cerca de 33.500 lares ficaram sem eletricidade. Muitas casas desmorornaram na cidade de Suzu, segundo os relatos.

Os danos causados pelo terremoto afetaram principalmente as casas antigas, que costumam ser de madeira. O porta-voz do governo, Yoshimasa Hayashi, reportou “seis casos” de pessoas sob edifícios desabados na região de Ishikawa.

A polícia informou estar investigando relatos de que duas pessoas morreram na cidade de Nanao. Imagens na televisão mostraram também um grande incêndio que devastou vários edifícios em Wajima.

E um vídeo na rede social X, é possível ver casas antigas destruídas. “É o distrito Matsunami de Noto. Estamos em uma situação horrível. Por favor, ajudem-nos. Minha cidade está em uma situação horrível”, lamentou uma pessoa na gravação.

“Há um grave incêndio. Não podemos dizer de imediato quantas casas foram afetadas”, disse à AFP um bombeiro da localidade. Algumas cidades do extremo leste da Rússia também alertaram para o risco de tsunami, mas sem determinar evacuações.

As autoridades de Vladivostok, cidade russa de 600.000 habitantes, aconselharam os pescadores a retornarem ao porto.

Lembrança de Fukushima

Ao todo, mais de 50 sismos de magnitude 3,2 ou mais atingiram a península de Noto em quatro horas.

Situado no chamado “cinturão de fogo” do Pacífico, o Japão é um dos países do mundo onde os terremotos são mais frequentes.

As normas de construção são rígidas, os edifícios costumam resistir a fortes terremotos e os habitantes estão acostumados a estas situações.

Mas a traumática lembrança persiste do terrível terremoto de magnitude 9,0 seguido de um gigantesco tsunami que deixou cerca de 20 mil mortos ou desaparecidos em 2011.

A catástrofe incluiu o acidente nuclear de Fukushima, o pior registrado no mundo desde o de Chernobyl em 1986. O tsunami causou o derretimento de três reatores da usina nuclear japonesa.

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